quarta-feira, 10 de agosto de 2016

PÍLULAS GRAMATICAIS (217) REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Pílulas gramaticais (217)



Observe a seguinte frase:
– Iludiram os mestres os alunos, com vários truques e subterfúgios.
Quem iludiu a quem? Foram os mestres ou foram os alunos?
Essa frase é um exemplo típico de um vício de linguagem chamado de anfibologia ou ambiguidade, que se dá quando a frase admite mais de uma interpretação.
Outros exemplos do mesmo vício:
– Prefeito e Governador se desentenderam por causa da má administração de seu governo.
– O menino viu o incêndio do prédio em que estava.
Os vícios de linguagem, que devem ser evitados por todas as pessoas que primam pelo bom uso do idioma pátrio, são assim designados:
1. Barbarismo: desvio da norma culta (nós foi; rúbrica; oróscopo)
2. Arcaísmo: emprego de palavras que já caíram de uso (antanho)
3. Neologismo: uso de palavras novas ainda não incorporadas pelo idioma (telecomunicar)
4. Solecismo: erro de sintaxe (sobrou muitas bebidas; eu lhe vi na missa)
5. Anfibologia ou ambiguidade: frase com sentido dúbio (o policial prendeu o vizinho em sua casa)
6. Obscuridade: frase com defeito de construção que a torna incompreensível (Como todo estrangeiro faz, porque a eles não assiste, o naturalista, não tendo aos desfiles assistido, queixou-se pelo fato)
7. Cacófato: junção de duas ou mais palavras que produz um som ruim ou desagradável (Envie-me já o catálogo de vendas)
8. Eco: dissonância causada pelo uso sequencial de palavras com terminações iguais ou semelhantes (De forma constante o declarante fez-se participante e integrante importante de...)
9. Hiato: efeito dissonante causado por uma sequência de vogais (Ou eu o ouço, ou não sei o que eu faço)
10. Colisão: dissonância produzida pelo uso na frase de consoantes iguais ou semelhantes (Pedro, pedreiro português, pintava paisagens pitorescas)
11. Pleonasmo: redundância desnecessária de informação (Há dois anos atrás ele se casou).
O pleonasmo, quando tem por finalidade reforçar uma ideia, constitui uma figura de linguagem. Se usado desnecessariamente, constitui vício.
São incluídos como barbarismo todos os tipos de estrangeirismo, ou seja, o uso desnecessário de palavras ou expressões de outras línguas. Exemplo: week-end, em vez de fim de semana.
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