quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

INICIAÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA - PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação ao estudo da doutrina espírita




Provas da existência
de Deus
Este é o oitavo módulo de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes:
- questões para debate
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 
Questões para debate
1. Podemos afirmar que Deus é um ser vivo, sensível, consciente?
2. Como os Espíritos, em resposta a Kardec, definiram Deus?
3. Quais são as provas referidas pelos Espíritos acerca da existência de Deus?
4. O sentimento intuitivo que temos de Deus é produto da educação e das ideias adquiridas?
5. A formação primeira do Universo não seria fruto de um acaso inteligente ? Por quê?
Texto para leitura
1. A ideia de Deus - "Outrora, Deus foi homem: hoje, Deus é Deus", assevera Léon Denis. O Ser Supremo, criado à imagem do homem, hoje vê apagar-se pouco a pouco essa imagem, substituída por uma realidade sem forma. A forma, a definição, o tempo, a duração, a medida, o grau de potência ou atividade não mais se aplicam a Deus. O próprio nome Deus oculta uma ideia incompleta. Outrora, Júpiter empunhava o raio, Apolo conduzia o Sol e Netuno senhoreava os mares. No Tibete, ainda hoje, adoram Maitreya, que refreia as ondas do mar, abençoa o exército, amaldiçoa o rival e dirige as chuvas.
2. A história da ideia de Deus mostra-nos que ela sempre foi relativa ao grau intelectual dos povos e de seus legisladores, correspondendo aos movimentos civilizadores, à poesia dos climas, às raças, à florescência de diferentes povos, enfim aos progressos espirituais da Humanidade. Com o passar dos tempos, assistimos sucessivamente aos desfalecimentos e tergiversações dessa ideia imperecível que, às vezes fulgurante e outras vezes eclipsada, pode, todavia, ser identificada sempre nos fastos da Humanidade.
3. Nosso Deus é um Deus ainda desconhecido, qual o era para os Vedas e para os sábios do Areópago de Atenas. No entanto, no estado evolutivo em que nos encontramos podemos sentir que Deus não é uma abstração metafísica, um ideal que não existe. Não; Deus é um ser vivo, sensível, consciente. Deus é uma realidade ativa. Deus é nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo.
4. Kardec perguntou aos Espíritos: "Que é Deus?" e não quem é Deus? Os Espíritos responderam: "Deus é a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" (L.E., item 1).
5. Dizer que Deus é infinito é um erro, consequência da pobreza da nossa linguagem, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima da nossa inteligência.
6. Deus – ensina Kardec - é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo pela própria coisa, e definir uma coisa que não é conhecida por outra que também não o é.
7. A existência de Deus e suas provas - Em "O Livro dos Espíritos" os imortais nos dizem que podemos encontrar a prova da existência de Deus num axioma bastante conhecido dos homens, segundo o qual "não há efeito sem causa". Basta que procuremos a causa de tudo o que não constitui obra do homem e a nossa razão responderá.
8. Todos os homens carregam em si o sentimento intuitivo de Deus, uma prova de que a crença em um Ser superior não é produto da educação ou de ideias adquiridas, visto que até os selvagens o possuem. Ora, se fosse a ideia de Deus produto da educação, não seria universal, mas restrita a certos lugares.
9. Atribuir a formação primeira das coisas às propriedades íntimas da matéria – afirmam os Espíritos – equivale a tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter também uma causa.
10. A harmonia que regula as atividades do Universo revela combinações e fins determinados e, por isso mesmo, mostra-nos a ação de uma força inteligente. Atribuir essa formação primeira ao acaso seria, de igual modo, um contrassenso, porque o acaso é cego e não pode produzir coisas inteligentes. Um acaso inteligente não seria mais acaso.
11. Pela obra se reconhece o artífice. Nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz por si mesma. A causa primeira é, portanto, uma inteligência superior à Humanidade. Quanto maior o prodígio realizado pela inteligência humana, essa inteligência tem, ela mesma, uma causa, e quanto mais o que ela realiza é grande, mais a causa primeira deve ser grande.
12. Essa inteligência superior é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome sob o qual o homem a designe – Deus, Allah, Jeová. O nome é, no caso, o que menos importa.
Respostas às questões propostas
1. Podemos afirmar que Deus é um ser vivo, sensível, consciente?
Sim. Deus é um ser vivo, sensível, consciente. Deus é uma realidade ativa. Deus é nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo.
2. Como os Espíritos, em resposta a Kardec, definiram Deus?
"Deus é a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas."
3. Quais são as provas referidas pelos Espíritos acerca da existência de Deus?
Os imortais nos dizem que podemos encontrar a prova da existência de Deus num axioma bastante conhecido dos homens, segundo o qual "não há efeito sem causa". Basta que procuremos a causa de tudo o que não constitui obra do homem e a nossa razão responderá.
4. O sentimento intuitivo que temos de Deus é produto da educação e das ideias adquiridas?
Não, visto que até os selvagens o possuem. Ora, se fosse a ideia de Deus produto da educação, não seria universal, mas restrita a certos lugares.
5. A formação primeira do Universo não seria fruto de um acaso inteligente ? Por quê?
Atribuir a formação primeira das coisas às propriedades íntimas da matéria – afirmam os Espíritos – equivale a tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter também uma causa. A harmonia que regula as atividades do Universo revela combinações e fins determinados e, por isso mesmo, mostra-nos a ação de uma força inteligente. Atribuir essa formação primeira ao acaso seria, de igual modo, um contrassenso, porque o acaso é cego e não pode produzir coisas inteligentes. Um acaso inteligente não seria mais acaso.
Nota:
Eis os links que remetem aos textos anteriores:
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