Zé Paulino eu apaixonado pela
arte da música desde criança, ao deparar-me com a decadência da música
artesanal, pensei em fazer campanha para ver se sensibilizava os personagens:
autoridades executivas e parte da população. Como já comentado neste espaço
sobre a Escolinha de Música João Agripino dos Santos e o porquê do
fracasso. Como saldo positivo, três
sementes germinaram estou me referindo aos companheiros: Neto do Delírios, Zé
neto de João dos Santos e Mourão o banjista.
Neto do Delírios era adolescente
quando o pai dele me pediu para que eu ensinasse tocar violão. Eu nunca fui bom
músico, entretanto, do pouco que fazia podia tentar repassar para quem quisesse
aprender. Com três meses Neto Já acompanhava as músicas de Chitãozinho e
Chororó. O Mourão banjista, passou em nossa casa com um banjo velho na costa e
eu tomei a iniciativa de perguntar com quem ele estava aprendendo, ele
respondeu que ainda não tinha encontrado quem quisesse o ensinar. Nessa oportunidade eu o convidei para
aprendermos juntos e ele aceitou. Zé dos Santos também quem ensinou as
primeiras posições, as tonalidades contidas no método prático foi eu.
Mourão já sabia fazer notas em
vilão e eu já havia organizado um método prático para banjo tenor. No outro dia nós iniciamos o estudo e, com
pouco tempo Mourão já fazia seis tonalidades.
Eu tocava no trombone e ele acompanhava. Chegou a época junina eu disse:
Mourão você já tem condições de tocar e bem, toadas de bumba meu boi. Mourão enfrentou o desafio e venceu. Quando o
encorajei disse: Mourão vá ganhar um pouco de dinheiro e quando passar o São
João volte para continuarmos o aprendizado. Ele não voltou!
Tempo passou eu fui na casa de
Mourão convidá-lo para ele fazer um teste, ver se aceitava tocar comigo, me
ajudar na velhice, e por eu gostar de sambas o banjo seria um pilar e tanto,
ele disse que sim e nunca veio. Quem
toca com migo e tem paciência com a minha lentidão para preparar a música é o amigo
José de Ribamar Santos-Bimba do Pagode.
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