terça-feira, 16 de abril de 2019

DECEPÇÕES OU EXPERIÊNCIAS


Zé Paulino eu apaixonado pela arte da música desde criança, ao deparar-me com a decadência da música artesanal, pensei em fazer campanha para ver se sensibilizava os personagens: autoridades executivas e parte da população. Como já comentado neste espaço sobre a Escolinha de Música João Agripino dos Santos e o porquê do fracasso.  Como saldo positivo, três sementes germinaram estou me referindo aos companheiros: Neto do Delírios, Zé neto de João dos Santos e Mourão o banjista.
Neto do Delírios era adolescente quando o pai dele me pediu para que eu ensinasse tocar violão. Eu nunca fui bom músico, entretanto, do pouco que fazia podia tentar repassar para quem quisesse aprender. Com três meses Neto Já acompanhava as músicas de Chitãozinho e Chororó. O Mourão banjista, passou em nossa casa com um banjo velho na costa e eu tomei a iniciativa de perguntar com quem ele estava aprendendo, ele respondeu que ainda não tinha encontrado quem quisesse o ensinar.  Nessa oportunidade eu o convidei para aprendermos juntos e ele aceitou. Zé dos Santos também quem ensinou as primeiras posições, as tonalidades contidas no método prático foi eu.
Mourão já sabia fazer notas em vilão e eu já havia organizado um método prático para banjo tenor.  No outro dia nós iniciamos o estudo e, com pouco tempo Mourão já fazia seis tonalidades.  Eu tocava no trombone e ele acompanhava. Chegou a época junina eu disse: Mourão você já tem condições de tocar e bem, toadas de bumba meu boi.  Mourão enfrentou o desafio e venceu. Quando o encorajei disse: Mourão vá ganhar um pouco de dinheiro e quando passar o São João volte para continuarmos o aprendizado. Ele não voltou!
Tempo passou eu fui na casa de Mourão convidá-lo para ele fazer um teste, ver se aceitava tocar comigo, me ajudar na velhice, e por eu gostar de sambas o banjo seria um pilar e tanto, ele disse que sim e nunca veio.  Quem toca com migo e tem paciência com a minha lentidão para preparar a música é o amigo José de Ribamar Santos-Bimba do Pagode.



Nenhum comentário:

Postar um comentário