quinta-feira, 2 de maio de 2019

OS APÓSTOLOS DO SENHOR - PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

 



Os apóstolos do Senhor

Este é o módulo 130 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Quem foram os primeiros apóstolos de Jesus?
2. O grupo de companheiros do Messias enfrentou dificuldades para harmonizar-se?
3. Dos apóstolos iniciais, dez se encontravam quase que diariamente ao lado de Jesus. Como se chamavam os outros dois?
4. Com a morte de Judas Iscariote, um dos discípulos foi escolhido para substituí-lo. Qual o seu nome?
5. Quem foi Paulo e que fatos podemos destacar no seu trabalho apostolar?

Texto para leitura

O grupo de apóstolos reuniu inicialmente doze pessoas
1. Jesus congregou em torno de si doze discípulos diretos: André, irmão de Pedro; Bartolomeu; Filipe; João, irmão de Tiago maior; Judas Iscariote; Mateus (Levi); Simão Pedro (Cefas); Simão Cananeu, também chamado “O Zelote”; Judas Tadeu; Tiago maior, filho de Zebedeu; Tiago menor, filho de Alfeu, e Tomé (Dídimo). 
2. Incumbidos de predicar o Evangelho ou Boa Nova, cada qual se imortalizou como enviado ou “apóstolo”. Esses Espíritos, chamados por Jesus para compor seu colégio apostolar, seriam os intérpretes de suas ações e de seus ensinos. 
3. Pedro, André e Filipe eram filhos de Betsaida, de onde vinham igualmente Tiago e João, filhos de Zebedeu. Levi, Tadeu e Tiago, filhos de Alfeu e sua esposa Cleofas, parenta de Maria, eram nazarenos e amavam a Jesus desde a infância, sendo muitas vezes chamados de “irmãos do Senhor”, tendo em vista suas profundas afinidades afetivas. Tomé descendia de um antigo pescador de Dalmanuta, e Bartolomeu pertencia a uma laboriosa família de Caná da Galileia. Simão, mais tarde chamado “O Zelote”, havia deixado sua terra de Canaã para dedicar-se à pesca, e somente um deles, Judas, destoava um pouco desse concerto, pois nascera em Iscariote e se consagrara a um pequeno comércio em Cafarnaum, onde vendia peixes e quinquilharias.
4. O reduzido grupo de companheiros do Messias experimentou a princípio certas dificuldades para harmonizar-se. Mateus, que inicialmente era chamado de Levi, continuava nos seus trabalhos na coletoria local e Judas Iscariote prosseguia nos seus negócios, embora se reunissem diariamente aos demais companheiros, que viviam quase que constantemente com Jesus, junto às águas transparentes do Tiberíades.

Ao grupo inicial juntaram-se mais tarde Matias e Paulo
5. Mateus não era pescador, mas publicano, e se conservou na obscuridade enquanto o Cristo estava na Terra. Somente depois da ascensão do Senhor ele entrou em ação, pregando na Judeia e nos países vizinhos, até a dispersão dos apóstolos. Segundo Cairbar Schutel, Mateus teria aproveitado seus momentos de folga para escrever o Evangelho que leva seu nome. 
6. Filho de Simão Iscariote, da cidade de Carioth, Judas era, segundo Humberto de Campos, um apaixonado pelas ideias socialistas de Jesus e entendia que a política seria a única arma com a qual poderia triunfar, além do que não conseguia conciliar a vitória com o desprendimento das riquezas. Ao entregar Jesus a Caifás, ele não imaginou que as coisas tomassem o rumo que tomaram e, em desespero, suicidou-se. 
7. Irmão de André, Simão Pedro era pescador e, integrando o grupo desde o início, tornou-se uma espécie de intérprete dos apóstolos e aparentemente dos mais assíduos junto ao Mestre, que certamente por isso designou-o como a “pedra” sobre a qual edificaria sua igreja, conforme anotou Mateus (16:18).
8. Além dos doze apóstolos que integraram o grupo inicial cabe-nos mencionar dois discípulos que se juntaram mais tarde ao colégio apostólico: Matias e Paulo. 

Paulo nasceu em Tarso, mas foi educado em Jerusalém
9. Matias substituiu Judas e pouco se sabe sobre seu trabalho antes dessa escolha, salvo que fora um dos 72 discípulos que o Senhor designou e enviou, dois a dois, adiante de si, a todas as cidades e lugares que pretendia visitar. Segundo uma tradição confirmada entre os gregos, após o Pentecostes, Matias pregou o Evangelho na Capadócia e para os lados do Ponto Euxino.
10. Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, e pertencia a uma família de judeus da seita farisaica. Educado em Jerusalém, foi discípulo de Gamaliel. Depois de liderar uma intensa perseguição aos cristãos, Paulo se converteu ao Cristianismo às portas de Damasco e, a partir daí, realizou um trabalho que não encontrou similar em nenhum dos demais apóstolos do Cristo.
11. Falar da missão de Paulo e de sua vigorosa personalidade não é tarefa fácil. Para conhecê-la em suas minúcias é indispensável a leitura do livro “Paulo e Estêvão”, de autoria de Emmanuel. Resumidamente, podemos dizer que a missão de Paulo de Tarso foi levar a Boa Nova aos gentios e, desse modo, universalizar o Cristianismo, trabalho que realizou com verdadeiro devotamento e imensos sacrifícios. 
12. Na execução de sua missão, Paulo fez três grandes viagens indo a Bitínia, Capadócia, Cilícia, Frígia, Galácia, Lícia e a muitas outras localidades, inclusive Roma. E se imortalizou também por suas epístolas, em número de 14. Preso e conduzido a Roma, foi na capital do Império Romano que veio a desencarnar, vitimado por um golpe de espada que lhe fendeu a garganta e seccionou-lhe quase inteiramente a cabeça.

Respostas às questões propostas

1. Quem foram os primeiros apóstolos de Jesus?
Seus doze discípulos diretos, ou apóstolos, foram: André, irmão de Pedro; Bartolomeu; Filipe; João, irmão de Tiago maior; Judas Iscariote; Mateus (Levi); Simão Pedro (Cefas); Simão Cananeu, também chamado “O Zelote”; Judas Tadeu; Tiago maior, filho de Zebedeu; Tiago menor, filho de Alfeu, e Tomé (Dídimo). 
2. O grupo de companheiros do Messias enfrentou dificuldades para harmonizar-se?
No início, sim.
3. Dos apóstolos iniciais, dez se encontravam quase que diariamente ao lado de Jesus. Como se chamavam os outros dois?
Mateus e Judas Iscariote.
4. Com a morte de Judas Iscariote, um dos discípulos foi escolhido para substituí-lo. Qual o seu nome?
Matias.
5. Quem foi Paulo e que fatos podemos destacar no seu trabalho apostolar?
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, e pertencia a uma família de judeus da seita farisaica. Educado em Jerusalém, foi discípulo de Gamaliel. Depois de liderar uma intensa perseguição aos cristãos, Paulo se converteu ao Cristianismo às portas de Damasco e, a partir daí, realizou um trabalho que não encontrou similar em nenhum dos demais apóstolos do Cristo. Resumidamente, podemos dizer que a missão de Paulo de Tarso foi levar a Boa Nova aos gentios e, desse modo, universalizar o Cristianismo, trabalho que realizou com verdadeiro devotamento e imensos sacrifícios. 

Bibliografia:
Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 38 e 39.
Crônicas de Além-Túmulo, de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 41 e 42.
Vida e Atos dos Apóstolos, de Cairbar Schutel.
Vocabulário Histórico-Geográfico, de Roberto Macedo.


Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:





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O tempo do Senhor

Irmão X (autor espiritual)

No lar dos apóstolos em Jerusalém, era Tiago, filho de Alfeu, o mais intransigente cultor dos princípios de Moisés, entre os seguidores da Boa Nova.
Passo a passo, referia-se à alegação do Cristo: "Eu não vim destruir a Lei..." e encastelava-se em severa defesa do mosaísmo, embora sustentasse fervorosa lealdade à prática do Evangelho.
Não vacilava em estender braços generosos aos irmãos infelizes que lhe recorressem aos préstimos; contudo, reclamava estrita obediência à pureza dos alimentos, às posturas do hábito, às festas tradicionais e à circuncisão. Mas, de todos os preceitos, detinha-se particularmente na consagração do chamado "Dia do Senhor".
Para isso, compelia todos os companheiros ao estudo e à meditação, à prece e ao silêncio, cada vez que o sábado nascesse, conquanto fossem adiados importantes serviços de assistência e socorro aos necessitados e enfermos que lhes batiam à porta.
Dominado de zelo, o apóstolo notara a ausência de Zorobatan ben Assef das orações do culto, com manifesto pesar.
Zorobatan, o vendedor de lentilhas, fora-lhe colega de infância na Galileia, no entanto desde muito vivia nos arredores da grande cidade, viúvo e sem filhos, prestando desinteressado auxílio ao movimento apostólico.
Amanhava pequeno campo e negociava os produtos colhidos, depondo a maior parte dos lucros na bolsa de Simão Pedro, para as garantias da casa; entretanto, se vinha à instituição, suarento e cansado nas horas de trabalho exaustivo, era ele, nos instantes da prece, o faltoso renitente.
Varias vezes Tiago mandara portadores adverti-lo, mas porque a situação se mostrasse inalterada por mais de seis meses, deliberou ele próprio repreendê-lo, em pessoa, no ambiente rural.
Sobraçando grande rolo com apontamentos do Pentateuco, junto de André, o fiel defensor da Lei, na ensolarada manhã de um sábado de estio, varava trilhas secas e poeirentas, em animada conversação.
A certo trecho, falou-lhe o companheiro, sensato:
– Consideras, então, que um crente sincero, qual Zorobatan, seja passível de reprimenda simplesmente porque não nos partilhe as assembleias?
– Não tanto por isso – volveu Tiago, dando ênfase aos conceitos. – Ele não apenas nos esquece o refúgio, mas também foge de respeitar o terceiro mandamento. Empregados e vizinhos do seu campo avisam-lhe, cada semana, que ele passa os sábados inteiros em atividade intensiva, recebendo auxiliares adventícios, que lhe revolvem os celeiros e as terras.
E o diálogo continuou:
– Não se trata, porém, de abnegado amigo das boas obras?
– Sem dúvida. E creio igualmente que a fé sem obras é morta em si mesma; contudo, a Lei determina que seja santificado o tempo do Senhor.
– E o próprio Jesus? Não curou nos dias de sábado?
– Não podemos discutir os desígnios do Mestre, de vez que a nós cabe reverenciá-los tão somente... Se ele mesmo lia os Sagrados Escritos nas sinagogas, nos dias de repouso, ensinando-nos a orar, não vejo como desmerecer as veneráveis prescrições.
André solicitou alguns instantes e voltou a observar:
– Se uma de nossas crianças caísse no poço, em dia de sábado, não deveríamos salvá-la?
– Sim – concordou Tiago – mas nos sábados subsequentes, ser-nos-ia obrigação prender todas as crianças em recinto adequado, para que a impropriedade não se repetisse.
– E se fosse um animal de trabalho, um burro prestimoso, por exemplo, que viesse a tombar em cisterna profunda? Seria lícito deixá-lo morrer à míngua de todo amparo, porque o desastre ocorresse num dia determinado para o descanso?
– Não hesitaria em socorrer o burro – disse o interlocutor, solene – mas vendê-lo-ia, de imediato, para que não voltasse a ocasionar transtorno semelhante.
Nesse ponto do entendimento, a pequena casa de Zorobatan surgiu à vista. No átrio limpo e singelo, erguia-se mesa tosca e, junto à mesa, magras mulheres lavavam pratos de madeira. Velhos doentes arrastavam-se em torno, enquanto meninos esquálidos traziam frutos, do depósito de provisões. Apesar da pobreza em derredor, todos os semblantes irradiavam alegria.
A curta distância, Tiago viu Zorobatan que vinha do interior, carregando enorme vasilha fumegante. Surpreendido, escutou-lhe a palavra, chamando os presentes para a sopa que oferecia gratuita, ao mesmo tempo em que tornava à cozinha para buscar nova remessa.
Sentaram-se todos os circunstantes, nos quais o apóstolo anotou a presença de aleijados e enfermos, viúvas e órfãos, que ele próprio já conhecia desde muito.
Aproximou-se, no entanto, da porta e esperava que o amigo regressasse ao pátio, de modo a exprimir-lhe a desaprovação que lhe rugia nalma, quando viu Zorobatan sair da intimidade doméstica, arfando de fadiga, ao peso de recipiente maior. Desta vez, porém, um homem de olhar brando vinha, junto dele, apoiando-lhe as mãos calosas, para que o precioso conteúdo não se perdesse.
O visitante, irritado, dispunha-se a levantar a voz, quando reconheceu no ajudante desconhecido o próprio Cristo que ele, só ele Tiago, conseguiu ver...
– Mestre!... – exclamou entre perplexo e constrangido.
– Sim, Tiago – respondeu Jesus sem se alterar –, agradeço as preces com que me honram, mas devo estar pessoalmente com todos aqueles que auxiliam os nossos irmãos por amor de meu nome...
Com grande assombro para André, o velho apóstolo, em pranto mudo, largou o rolo da Lei sobre um montão de calhaus superpostos, segurou também a panela e começou a servir.

Do livro Senda para Deus, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.






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terça-feira, 30 de abril de 2019




A luz do amor dissipa a dor da escuridão

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

O amor sempre haverá, embora, em certos momentos, como ainda hoje, a amargura pareça sobrepor-se à doçura de sua cura, porém é apenas estado ainda para os simples e iniciantes seres dos mundos em desenvolvimento, mundos em busca de luz.
Sabe-se sobre tantas maldades de humanos dotados da centelha divina, mas que não se livraram do ranço inicial, no entanto terão de se melhorar, pois o bem, como a eternidade, é a exigência natural para todas as almas.
Nas sociedades, todo ser fragilizado deveria receber atenção, mas tanto mais se observa é o necessitado e causador de conflito ser deixado um pouco à mercê, pois esta atitude despende menos energia, disciplina dos ajudantes e comprometimento com o humano companheiro.
Mas a vida, indiferentemente da forma como se age, possui o seu mais digno objetivo: o amor entre os seres, progresso do universo. A aquisição, mesmo que a pequeninos passos, do entendimento é clareira indispensável nas estradas desconhecidas e escuras que se transformam em espaços abertos e claros para a integração com o desenvolvimento.
Então que os olhos queiram olhar com mais bondade sempre os olhos alheios e carecedores, pois mesmo com a contrariedade, desequilíbrio, descompasso de seres embrenhados em caminhos duros e gris, por mais que afirmem senhores de si e persigam... e maltratem, e perturbem, e digam que o próprio poder sejam eles... não são felizes, e sofrem, e choram o choro dos aflitos e sofredores, já que só o amor é o lenitivo perfeito e completo para toda alma, estágio do espírito, e para todo espírito, posição eterna da alma.
Graças a Deus, que o bem é, antes ou mais tarde, a seara de toda fagulha divina e que, em Sua bondade absoluta e onipotência, o Pai abraça todo filho de sua constituição; Graças a Deus, que a sabedoria maior é preponderante e independe de qualquer condição e que o Seu amor, incomparável sentimento, opera em todos os lugares e tempo; Graças a Deus, que se vive continuamente o alvorecer, recomeço de tudo.
Todos possuímos a mesma ocasião: o progresso. E todos enxergaremos a luz e sentiremos, sim, o amor, isso é imprescindível, Graças a Deus.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura:http://contoecronica.wordpress.com/






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segunda-feira, 29 de abril de 2019




Da série de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais cinco exemplos:
1. Hoje em dia, o intercâmbio entre nós e os Espíritos tem sido melhor compreendido.
O correto: Hoje em dia, o intercâmbio entre nós e os Espíritos tem sido mais bem compreendido.
Explicação: Antes de particípio, os gramáticos sugerem que usemos “mais bem”, e não “melhor”: mais bem classificado; mais bem editado; mais bem situada; mais bem esclarecido.
2. Não se esqueça, amiga, que agora sou maior e responsável.
O correto: Não se esqueça, amiga, de que agora sou maior e responsável.
Explicação: Na forma pronominal, o verbo “esquecer” exige objeto indireto.
3. O centro espírita fez uma linda festa em comemoração aos seus 30 anos de fundação.
O correto: O centro espírita fez uma linda festa em comemoração dos seus 30 anos de fundação.
Explicação: O substantivo comemoração pede a preposição “de”.
4. No trato com indivíduos fanáticos, um amigo já nos disse: “Deixe-os falarem”, porque eles com certeza não sabem o que dizem.
O correto: No trato com indivíduos fanáticos, um amigo já nos disse: “Deixe-os falar”, porque eles com certeza não sabem o que dizem.
Explicação: Após determinados verbos o infinitivo não deve ser flexionado. É o caso do verbo “deixar”. Alguém ignora este preceito evangélico: “Deixai vir a mim a criancinhas”?
5. O homem se assustou quando me viu, e disse: “Não diz a ninguém o que viste aqui”.
O correto: O homem se assustou quando me viu, e disse: “Não digas a ninguém o que viste aqui”.
Explicação: O imperativo afirmativo do verbo dizer é: diz (ou dize) tu. O imperativo negativo é: não digas tu.





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domingo, 28 de abril de 2019





O que é essencial no tratamento da obsessão

Vez por outra o tema obsessão volta à discussão porque, como sabemos, muitos dos que nos leem são pessoas que estão dando os primeiros passos no tocante ao conhecimento da doutrina espírita. Além disso, a obsessão continua sendo um dos motivos que mais tem levado espíritas e não espíritas a buscar ajuda nos centros e instituições espíritas.
Uma pergunta frequente diz respeito às obras em que o tema é tratado objetivamente por Allan Kardec.
Kardec examinou o tema em vários textos da Revista Espírita e nas obras A Gênese, O Livro dos Médiuns e Obras Póstumas, mas é no cap. 28 d´O Evangelho segundo o Espiritismo que o leitor encontrará um roteiro prático que elucida como as obsessões devem ser tratadas.
No capítulo a que nos reportamos, o Codificador do Espiritismo adverte inicialmente que a cura das obsessões graves requer paciência, perseverança e devotamento e exige tato e habilidade, porquanto é preciso, para que a tarefa tenha sucesso, que encaminhemos para o bem Espíritos muitas vezes perversos, endurecidos e astuciosos.
Lembra-nos Kardec que, seja qual for o caráter do Espírito causador da obsessão, nada se obterá pelo constrangimento ou pela ameaça, mas tão somente pelo ascendente moral daqueles que se dediquem à tarefa. É por isso que é completamente ineficaz a prática dos exorcismos ou o uso de fórmulas, amuletos, talismãs ou qualquer objeto a isso assemelhado.
É preciso que se atue sobre o ser inteligente que provoca a obsessão, ao qual importa se fale com autoridade, que só existe onde há superioridade moral. O objetivo é convencer ou induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus desígnios maus e fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de instruções ministradas com habilidade, cujo objetivo é sua educação moral.
Outra observação importante feita por Kardec é que a obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e, por isso, requer geralmente tratamento simultâneo ou consecutivo, por meio do magnetismo e da medicina tradicional, com vistas a restabelecer a saúde da pessoa que sofre o assédio obsessivo. E mesmo quando a causa esteja afastada, resta ainda combater os efeitos.
Nos casos de obsessão grave, o obsidiado acha-se como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. Importa, pois, desembaraçá-lo desse fluido, motivo pelo qual recorremos aos chamados passes magnéticos, cuja eficácia é bem conhecida dos que estudam a doutrina espírita.
A participação do indivíduo que sofre o processo – o chamado obsidiado – é outro ponto que Kardec destaca na obra a que nos referimos. É preciso ao obsidiado fortificar sua alma, trabalhar por seu aprimoramento moral, fazer a parte que lhe cabe, sem o que será difícil obter o resultado desejado.
A esse respeito, o Codificador afirma que a tarefa desobsessiva se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo sua situação, presta o concurso de sua vontade e de suas preces, modificando-se moralmente, adotando nova conduta e buscando aprimorar-se espiritualmente, certo de que, no tocante aos processos obsessivos, o melhor médico será sempre ele mesmo.





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sábado, 27 de abril de 2019




Semeadura e colheita

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Vigiemos e oremos, pois somos vigiados por uma multidão de espíritos.1
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda, que ditou ao médium e tribuno espírita Divaldo Pereira Franco dezessete obras, explica-nos que faz parte de uma equipe socorrista, no plano espiritual, em geral, dirigida pelo grande apóstolo do Espiritismo, Bezerra de Menezes. Nessas obras, Philomeno de Miranda aborda a influência nefasta dos inimigos desencarnados sobre nossas mentes. Essa interferência ocorre quando, misturando seus pensamentos com os nossos, esses Espíritos, denominados obsessores, provocam uma espécie de curto-circuito cerebral em suas vítimas que, muitas vezes, sem se darem conta, são levadas a atitudes anormais.
O desequilíbrio pode ser desencadeado por algum ato grave que tenhamos cometido, em prejuízo de alguém e de nós mesmos, que altera nosso estado de consciência. Como nem sempre somos capazes de diferençar os próprios pensamentos dos de nossos inimigos desencarnados, interferidos nos nossos, se não nos defendermos com “vigilância e oração” recomendadas pelo Cristo, o processo, inicialmente sutil, agrava-se com o tempo e pode mesmo causar-nos distúrbios mentais graves.
Adilton Pugliese, organizador, ampliou seus estudos de todas as obras de Philomeno de Miranda e republicou, com a aprovação de Divaldo Franco, o livro intitulado Obsessão: instalação e cura. Neste, encontramos roteiro muito útil para o estudo dessa nefasta influência na vida de grande número de pessoas em todos os tempos. Seu conteúdo é baseado em narrações de fatos reais, que desenvolvem o contido no pentateuco kardequiano sobre os diversos tipos de obsessão e o que fazer para sua profilaxia e tratamento.
Em todas as obras de Allan Kardec e na sua Revista Espírita, existe rico material sobre o assunto, agora desenvolvido com exemplos vivos desse que é considerado um verdadeiro “flagício social” por Miranda e, antes, pelo próprio Codificador do Espiritismo.
Na obra organizada por Adilton, lemos relatos dos casos que, se não identificados em tempo hábil, levam as pessoas obsidiadas à verdadeira loucura. Os obsessores usam técnicas refinadas, baseadas na identificação das falhas da personalidade comprometida em sua individualidade espiritual, e atuam implacavelmente sobre suas consciências, não lhes dando tréguas. Daí ser necessário que nos conheçamos bem, a fim de não cairmos nessas armadilhas.
Não nos esqueçamos de que, na Terra, o único ser humano plenamente identificado com Deus foi Jesus. E não alimentemos pensamentos deprimentes pelas faltas cometidas. Antes, aprendamos com elas a não mais errar.
Todos nós erramos e ainda vamos cometer muitos erros. Lembremo-nos, entretanto, desta frase do apóstolo Pedro: “O amor cobre a multidão de pecados” (I Pedro, 4:8). Principalmente quando jovens (e agora a juventude alcança a casa quarentenária), cometemos algumas falhas de observação, erros de avaliação e injustiças com as pessoas. Não podemos, porém, sentar em cima da falta e dali não mais sair. O modo de reparar um mal é substituí-lo por boas ações, pelo pedido sincero de perdão e pelo propósito de não mais incidirmos no erro.
Uma das formas de observarmos as tristes consequências de pessoas que não se perdoaram é a visita a esses tristes lares em que não só o faltoso como sua própria família expiam suas faltas passadas, não corrigidas a tempo. Então, ao reencarnarem, plasmam corpos deformados. Em Santo Antônio do Descoberto, visitamos algumas famílias que nos demonstram quanto temos a agradecer a Deus por termos um corpo perfeito e a oportunidade de reparar em tempo alguns erros da mocidade e mesmo da idade madura. Pois, como dizia o apóstolo Paulo, somos ainda mais propensos ao mal do que ao bem, mesmo já sendo adeptos deste.
Um jovem, atualmente internado com infecção generalizada, há cerca de vinte anos, foi acometido de paralisia física e cerebral, e vegeta em cima de modesta cama. Até os dezessete anos de idade era um rapaz saudável. Na última semana, soubemos que seu pai também foi internado. Este, além de sofrer do mal de lázaro, também contraiu câncer prostático.
Outro jovem, muito forte da cintura para cima, tem as pernas atrofiadas e o cérebro lesado, sendo encontrado sempre sentado sobre modesto sofá do lar de sua resignada e forte mãe, ironicamente, conhecida como dona Chagas. Esse jovem é quase cego e não fala. No mesmo lar, outro rapaz, aparentemente saudável, está quase cego. Também visitamos a casa duma jovem que sofre de paralisia cerebral congênita. Com o corpo magro e retorcido, está sempre estirada em sua cama. Em geral, profundamente adormecida.
Precisamos aproveitar a oportunidade que Deus nos deu e trabalhar em nós o sentimento de piedade para com nós mesmos e para com todos aqueles nossos irmãos, do presente e do passado, aos quais, independentemente do que eles sintam por nós, precisamos amar e servir com todas as forças de nossa alma.
A começar dos que o Senhor colocou em nossa casa. Daí a necessidade de um tratamento espiritual, quando o assédio dos obsessores se torna implacável e nefasto ao nosso equilíbrio mental. O que não dispensa a orientação e medicação do psiquiatra.
E, agindo de acordo com a recomendação paulina, certamente estaremos livres de maiores complicações, quando optarmos pelo amor incondicional: “Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecermos, a seu tempo colheremos” (Gálatas, 6:9).

[1] PAULO. Bíblia de Jerusalém (Hebreus, 12:1, 2). “Portanto, também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o iniciador e consumador da fé, Jesus [...]”.






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