sábado, 14 de junho de 2014

EU NA RAIZ E ELES NA COPA



 Uma semente jogada no solo  lá ficou e durante décadas  fixou-se sem germinar. Um dia a professora Marcia me chamou  de defensor de causas difíceis e militante solitário. O sofrimento me explode de tanto sonhar com um caminho difícil e na explosão uma ideia – Proposta:  Educação Familiar  uma raiz franzina  assunto que ninguém quer escutar. Depois de sistematizada as ideias bati na porta da Secretaria Municipal de Educação. Fui recebido pela professora  Lúcia Helena D’Eça Reis estava  Secretária de Educação, ofereci o meu produto.  Eu disse que eu  era autor de uma proposta com  o objetivo de combater o uso e abuso de drogas e, pretende-se sair pelas ruas em busca de apoio. O Título do evento é “ A Primeira Caminhada de Sensibilização Comunitária”.
 Atentamente ela me ouviu  e depois respondeu: se o senhor vestir nossa camisa e nós pudermos fazer também  a nossa campanha estaremos juntos. Um batuque no meu peito, deduzir ela esta mentindo,  mas vou fazer que acredito, não tem jeito!  No dia 12 de fevereiro  de 2011 a primeira pessoa que chegou na Praça da Matriz foi  Elizabeth Oliveira, telefonou para mim e disse:  eu estou na Praça e aqui, não tem ninguém.  Os meus músculos  enrijeceram fiquei  tonto, quase choro, não chorei,  sorrir,  cantei, as pernas ficaram bambas.  Eu sai  cambaleando e sem  o ampara de um filho, de um vizinho, de um pai, de uma mãe e sem dinheiro sequer para comprar uma caixa de foguete. O Sindicato atrasou remeter-me o necessário. 

Aguentei a caminhada encontrei-me com Elizabeth, depois chegou Bimba já éramos três  em seguida chegou a bicicleta com som era Jozino de vez enquanto aparecia uma pessoa. Eu, quase desmaiando peguei o microfone e fiz tanta força que a vista escureceu.  Ouvi uma voz  dizer era eu quem dizia para mim, crie coragem, eu falei e falei alto. Mais tarde chegou  Dona Lúcia e percebeu o fracasso!   Desceu e de imediato adentrou ao carro e, eu me perguntei, ela correu? Mais tarde ela apareceu  e nós saímos com poucas pessoas  pela rua Benedito Leite  quem estendeu a faixa foi o advogado Joaquizinho um dos poucos amigos. 

Realizamos a atividade com o apoio da Secretária de Educação e de pessoas de duas comissões: Mobilização Social pela Educação e Selo UNICEF.  Nessa caminhada a professora Dija levou os alunos dela,  só a professora Maria de Jesus se dispôs a levar seus alunos. Valeu!

Depois desse evento percebi de não estar mais sozinho. Juntou-se a esse movimento o Senhor José de Ribamar Santo - Bimba do Pagode. Outra tentativa de mobilização, dessa vez  Regional, já participava quatro pessoas: Bimba, Elizabeth, Zequinha do Cartório e Reinaldo Lima percorremos os municípios circunvizinhos e coletamos  1.476 assinaturas  em favor do CAPS para tratar da dependência química.  Quando participamos da primeira Reunião  em São Luís no Departamento de Saúde Mental, nos foi dito  que não adiantava lutarmos  apenas por CAPS e sim pela implantação das políticas básicas inclusive CAPS.

Quais são as políticas básicas: Rede Cegonha,  Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Atenção às Urgências e Rede de Atenção ao Câncer de Colo de Útero e de Mama.  Essas quatro políticas formarão  a raiz mestra de sustentação  do sistema que faz  a saúde preventiva e básica.   É só isso? Não!   E o tratamento da média e alta complexidade, o pronto socorro?   Agora  deixar bem claro que em todo esse processo existe as responsabilidades  das esferas de governo: ao Município compete dar a assistência básica. Ao Estado compete a organização da média e alta complexidade, ou seja,  implantar a sua rede de assistência Regionalizada e ao Ministério da Saúde regulamentar e financiar a parcela do governo federal. 

Muito bem, sendo o Estado indolente em Rosário coube a Reinaldo Cantanhêde Lima a tarefa difícil de mobilização social para construir uma consciência popular de fazer e nunca esperar fazerem. Quais são os entraves:  são tantos, vou citar:  os analfabetos diplomados profissionais da saúde,  eles ignoram os tramites base legal do SUS Sistema Único de Saúde;  gestores  analfabetos e preguiçosos e por último a população que vive mergulhada nos festivais: juninos, carnavalescos,  religiosos e agora estão verde e amarelo. COPA DO MUNDO! 

Enquanto eles estão na Copa eu  estou  pensando estratégias de como transmitir informações  seguras e prazerosa fazer sorrir. Tive uma ideia:  vou preparar uma peça Teatral ou similar para por meio desse recurso  sairmos pelas ruas para informar,  denunciar, criticar, sorri de nós mesmos!  Enquanto uns tentam atacar a raiz das consequências a maioria na COPA PISANDO NA BOLA!

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