domingo, 22 de março de 2015

“Amar-nos uns aos outros é o grande desafio de nós espíritas”

Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 8 - N° 406 - 22 de Março de 2015
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 
 
Lena Alberton:                                                                
Radicada na cidade de Tubarão, a dirigente espírita reconhece que ainda temos grande dificuldade nas questões
relacionadas ao sentimento

 
Lena Alberton (foto), espírita desde 2004, nascida e residente em Tubarão, Santa Catarina, é recepcionista e formada em Administração. Vinculada ao CEDAC - Centro Espírita Deus, Amor e Caridade, na mesma cidade, e atuando como Diretora do Departamento de Comunicação da instituição, Lena oferece-nos uma visão geral do
movimento espírita na cidade.

Situe para o leitor a cidade de Tubarão nos aspectos demográfico, geográfico, social e econômico.
A cidade de Tubarão localiza-se próximo ao mar, à serra e às águas termais, é cortada pela Rodovia BR-101 e pelo rio Tubarão de sul a leste, o qual em seu percurso vai desembocar na Lagoa Santo Antonio, em Laguna. Está a 136 km de Florianópolis, 22 km de Laguna, 54,3 de Criciúma, 120 km de São Joaquim e 340 km de Porto Alegre. É a segunda cidade em população do sul do Estado, com 102.000 habitantes (estimativa em 2014 - fonte IBGE), com densidade populacional de 322 hab/km, sendo importante polo comercial da região. Tem sua principal atividade econômica ligada ao comércio, à agricultura e à pecuária, com destaque também para empresas do setor de cerâmica. É a cidade sede da Unisul, importante universidade de Santa Catarina.
Quantas instituições espíritas há na cidade? Qual foi a pioneira e foi fundada em que ano?
São seis instituições espíritas, sendo que quatro são filiadas à FEC – Federação Espírita Catarinense. O primeiro Centro Espírita fundado em Tubarão não tinha nome. Foi fundado no ano de 1943 pelo casal Juvenal Miranda e Olga Miranda. Era localizado na Rua Augusto Severo, 212. O Consolador Prometido foi o segundo Centro a ser fundado, em 4 de junho de 1954. Com a desencarnação do Sr. Juvenal Miranda, todos os integrantes do primeiro centro migraram para o Consolador.
Como é o trabalho espírita na cidade?
Os Centros Espíritas são unidos e participam do movimento espírita da região. São fiéis aos postulados de Allan Kardec e primam pela união e unificação.
Como é feita a integração regional?
Os Centros filiados compõem a 15ª URE, que compreende as cidades de Tubarão, Jaguaruna, Capivari de Baixo, Gravatal, Braço do Norte, Armazém e São Ludgero. A 15ª URE é o órgão que representa as Casas filiadas à FEC.
Quais as principais alegrias colhidas e dificuldades encontradas nesse intercâmbio de experiências?
As alegrias são colhidas em ver a união dos espíritas da região, na troca de experiências em favor do crescimento do movimento espírita, no qual o propósito é qualificar, espiritizar e humanizar as atividades espíritas. As maiores dificuldades são encontradas no campo econômico para a construção física das casas espíritas e, em alguns casos, na falta de comprometimento de alguns trabalhadores espíritas.
De suas memórias de atuação espírita na instituição espírita a que se vincula ou mesmo do movimento espírita na cidade e região, o que lhe vem à mente imediatamente?
A responsabilidade que temos na condição de instrumentos de Jesus aqui na Terra para a instalação do Reino de Deus, para a construção do mundo de regeneração. Penso no compromisso assumido e no trabalho a realizar. Isso traz muita alegria, satisfação em fazer parte dessa equipe de encarnados que, junto com a espiritualidade, trabalham para a construção de um mundo melhor, onde passem a reinar o amor, a justiça, a fraternidade.
Algo marcante que gostaria de relatar?
O amparo dos amigos espirituais, a inspiração, o incentivo, a ajuda que nunca falta. Pude compreender tudo isso quando meu pai desencarnou. O conhecimento adquirido da doutrina espírita através de leituras (como iniciei) foi o bem mais precioso. Foi o alimento para seguir os dias, o momento de colocar em prática o aprendizado. O maravilhoso nos ensinamentos da doutrina é que ela não nos impõe nada: mostra-nos o caminho e somente nós somos responsáveis por nossas decisões.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Sim. É emocionante o momento que vivemos. Estamos encarnados e acompanhando o momento de transição. Após tantos séculos de poucos avanços, de estagnação, acompanhamos hoje mudanças aceleradas em todas as áreas: social, política, econômica, cultural, científica etc. 
Suas palavras finais.
Lembramos as orientações do Espírito de Verdade: Espíritas, amai-vos e instruí-vos. Percebo que a instrução é o mais fácil diante dos vastos recursos de que hoje dispomos. No entanto, temos ainda grande dificuldade nas questões relacionadas ao sentimento. Amar-nos uns aos outros – eis o grande desafio de nós espíritas. Mas, no uso firme da ferramenta da boa vontade e do propósito de edificação interior, deixaremos o homem velho para trás, transformando-nos em seres regenerados quando então o Cristo finalmente viverá em nossos corações.
Retirado em inteiro teor da Revista Semanal o Consolador faz a Divulgação da Doutrina Espírita

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