domingo, 22 de março de 2015

POR UMA CULTURA DE PAZ

Editorial Inglês Espanhol
Ano 8 - N° 406 - 22 de Março de 2015

 
 

Divaldo Franco estava com 70 anos quando decidiu dar início a um novo projeto em sua profícua existência e nasceu então, 17 anos atrás, o Movimento Você e a Paz, que os londrinenses puderam conhecer na noite de 10 de março último quando da vinda do estimado médium à cidade de Londrina. (Sobre o evento do dia 10, leia a reportagem especial publicada na presente edição.)
Dois anos depois foi dado a lume o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência, esboçado, a convite da Unesco, por um grupo de laureados do prêmio Nobel da Paz. Milhões de pessoas em todo o mundo assinaram esse manifesto e se comprometeram a cumprir os seis pontos nele firmados, procurando agir no espírito da Cultura de Paz dentro de suas famílias, no seu ambiente profissional e em suas cidades.
Na sequência, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período de 2001 a 2010 a “Década Internacional da Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo”.
Os seis pontos constantes do Manifesto são estes:
  1. Respeitar a vida
  2. Rejeitar a violência
  3. Ser generoso
  4. Ouvir para compreender
  5. Preservar o planeta
  6. Redescobrir a solidariedade.
Para atingir esses objetivos, a Unesco trabalha cooperando com os governos em seus três níveis, com o poder legislativo e a sociedade civil, construindo assim uma imensa rede de parcerias, mobilizando a sociedade, aumentando a conscientização e educando para uma cultura de paz.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a Unesco está desenvolvendo, em parceria com o Governo do Estado, o programa “Escolas de Paz”, cujo principal objetivo é dar oportunidades de acesso aos jovens, ao mesmo tempo em que procura educá-los para os valores relevantes da vida, para a paz e para a construção da cidadania.
O maior desafio é, evidentemente, transformar os valores da Cultura de Paz em realidade na vida cotidiana, é traduzir cada um dos desafios propostos pela Cultura de Paz em termos práticos e na vida das pessoas.
Desenvolvendo os seis pontos firmados no Manifesto, preparar as condições para que a paz possa reinar na Terra implica:
  • respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;
     
  • praticar a não violência ativa, repelindo a violência em todas suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
     
  • compartilhar o nosso tempo e nossos recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;
     
  • defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e ao rechaço ao próximo;
     
  • promover um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;
     
  • contribuir com o desenvolvimento da comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito dos princípios democráticos, para criar novas formas de solidariedade.
Trata-se de um programa que se afiniza em tudo com o que aprendemos com as lições do Evangelho e com os ensinamentos espíritas.
Que se trata de um trabalho hercúleo e naturalmente lento, todos sabemos.
Mas sabemos também que neles se inserem os elementos indispensáveis para que a guerra, a opressão, a tirania e toda forma de violência sejam varridas do nosso planeta, nessa marcha inelutável rumo a um futuro promissor predito por Jesus, que declarou certa vez que os mansos herdarão a Terra.
Retirado de o Consolador Revista Semanal de Divulgação Espírita

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