DOMINGO, 13 DE OUTUBRO DE 2019
O céu se ganha pela
caridade e pela brandura
A afabilidade e a
doçura são formas com que se manifesta a benevolência entre as criaturas
humanas, assim o disse Lázaro (Espírito) em uma mensagem transmitida no ano de
1861 em Paris e inserida por Allan Kardec no cap. IX de seu livro O
Evangelho segundo o Espiritismo.
Ora, a virtude a que
chamamos benevolência é expressamente mencionada pelos instrutores espirituais
que participaram da obra de codificação da doutrina espírita, quando por eles
foi dito qual o sentido da palavra caridade segundo o entendimento de Jesus. A
informação está contida na resposta dada à questão 886 d´O Livro dos
Espíritos, adiante reproduzida:
886. Qual o verdadeiro sentido da
palavra caridade, como a entendia Jesus?
“Benevolência para com todos,
indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
Nota de Kardec: O amor e a
caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe
todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o
sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. A caridade,
segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos
achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais,
ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência
precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados,
contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as
atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que
entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa
seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o
infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos
seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os
separa.
A caridade, como se
vê, vai além do simples ato de se praticar a beneficência, porque deve abranger
todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles
nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores.
Sinteticamente, ela
pressupõe:
Benevolência com todos, porque somos todos irmãos e é assim que nosso Pai deseja que nos tratemos.
Indulgência para com os outros
porque, como nós ainda cometemos muitos erros, precisamos também da indulgência
alheia.
Perdão das ofensas, porque a
atitude contrária ao perdão faz mal àquele que não consegue perdoar.
Como sabemos, Jesus
recorria quase sempre ao recurso das parábolas quando se dirigia às pessoas que
o ouviam, pela simples razão de que nem todos possuíam evolução espiritual
necessária para apreender em sua profundidade as verdades evangélicas; mas não deixou
dúvida alguma sobre a necessidade da caridade e do amor ao próximo como
condições para o ingresso da criatura humana no chamado reino dos céus, como o
leitor pode verificar por si mesmo, à vista dos ensinamentos seguintes contidos
no Evangelho segundo Mateus:
“Nem todos os que dizem: Senhor,
Senhor! entrarão no reino dos céus; mas sim os que fazem a vontade do meu Pai
que está nos céus.” (Mateus, 7:21.)
“Assim, todo aquele que ouve as
minhas palavras e as põe em prática, será semelhante a um homem ajuizado, que
constrói sua casa sobre a rocha. Cai a chuva, correm as enxurradas, sopram os
ventos que se lançam contra essa casa. Mas ela não desaba, porque está
construída sobre a rocha.” (Mateus, 7:24-25.)
“Então, o rei dirá aos que
estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino
que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e me destes
de comer. Tive sede e me destes de beber. Era estrangeiro e me acolhestes.
Estava nu e me vestistes, doente e me visitastes, na prisão e me viestes ver.”
(Mateus, 25:34-36.)
“Portanto, tudo o que quereis que
os outros vos façam, fazei o mesmo também vós a eles: nisso está a Lei e os
Profetas.” (Mateus, 7:12.)
Em face de
advertências tão claras e convincentes, não é de estranhar a frase o
céu se ganha pela caridade e pela brandura, que Kardec escreveu e inseriu
no cap. IV, item 11, d´O Evangelho segundo o Espiritismo. Adotamo-la,
por motivos óbvios, para servir de título a este texto.
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog,
clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo.
|
Postado
por Astolfo Olegário de Oliveira
Filho às 07:14 Um comentário:
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores: Reflexões à luz do Espiritismo
SÁ
Nenhum comentário:
Postar um comentário