Em entrevista à Revista Congresso em
Foco, o ator petista diz que o partido deve deixar o governo em 2018.
Ele conta por que desistiu de se lançar candidato a deputado e revela
que participou de “vaquinha” para Lula em 2011

Antônio Pinheiro/Revista Congresso em Foco
"Fizemos vaquinha pra ajudar o Lula quando ele saiu da presidência. Ele não tinha um puto", diz Zé de Abreu
O
ator José de Abreu é um apaixonado pela profissão. Gosta tanto que por
essa paixão abriu mão da aventura de se lançar ao cargo de deputado
federal, projeto que chegou a animá-lo no início do ano. Tentado pela
ideia, José de Abreu conta que ninguém o apoiou. Nem a família, nem os
próprios petistas. Zé, como ele prefere ser chamado, afinal desistiu.
Temia prejudicar a carreira de ator para se transformar em político
profissional.
Em entrevista exclusiva à recém-lançada oitava edição da
Revista Congresso em Foco,
ele diz que o PT, seu partido do coração, está há tempo demais no
poder. “Daqui a pouco tá na hora de o PT voltar a ser pedra. Chega de
ser vidraça. Acho que mais um governo do PT e chega. Sai fora dessa
porra”, sugere, lamentando que Eduardo Campos (PSB) tenha deixado o
bloco governista, o que poderia levá-lo a ter o apoio dos petistas na
campanha presidencial de 2018.
Amigo do ex-ministro José Dirceu, preso após ser condenado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ator diz ter
convicção de que o esquema não existiu. “Sempre falo com ele, mas não
foi isso que me deu a certeza de que não foi compra de votos. Eu
acompanhei pela imprensa na época. Não precisa ser amigo do Zé Dirceu
para saber. Não tem lógica isso.” Para ele, há um ódio de classe por
trás das denúncias do mensalão.
Na entrevista, ele revela que votou em Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) contra Lula e que fez campanha para o deputado Roberto Freire
(PPS-SP), hoje seu “inimigo mortal”, antes de apoiar o petista. Diz
ainda que participou de uma ação entre amigos para ajudar
financeiramente o ex-presidente Lula assim que ele deixou o Planalto, em
2011.

“Fizemos
vaquinha pra ajudar o Lula quando ele saiu da presidência. Ele não
tinha um puto. Não tinha nada. Aí depois começou a ganhar dinheiro com
as palestras, os eventos e tal. Aí a gente fala isso e as pessoas fazem
mimimi. Mas teve vaquinha. Foi uma ação entre amigos mesmo, para que ele
pudesse chegar em casa”, conta. Na entrevista, Zé ainda tece críticas
aos governos FHC e Dilma e explica sua preferência por encarnar vilões
quando está em cena.
Leia a íntegra da entrevista na Revista Congresso em Foco
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