domingo, 2 de novembro de 2014

MIGRAÇÃO VIOLÊNCIA E CRESCIMENTO ECONÔMICO EM ROSÁRIO MARANHÃO




Original e reapresentado por: Reinaldo Cantanhêde Lima

Rosário e as consequências do processo migratório, que é um  fenômeno desafiador, a sede do município é o setor mais afetado com o surgimento das invasões e a maior, hoje é o bairro mais populoso, Vila Ivar Saldanha vive  apavorada com a violência infanto-juvenil. Trata-se de filhos sem pais e sem mães, criados com avós e/ou filhos de empregadas domésticas pobres, oriundas da zona rural, que padece e carecem de amparo social e tratamento psicossocial especializado, dívidas de poderes executivos incapazes de planejarem e implantarem políticas de educação familiar, voltada para a promoção pessoal e profissional, disciplina que o currículo oficial não oferece e a sociedade desconhece.

Infratores e criminosos são produzidos pela dominação capitalista e, suas vítimas atingem e fazem outras vítimas sem se quer dar conta de que seus verdadeiros inimigos são os que detêm o poder para o usufruto do dinheiro público, traduzido na corrupção responsável pelos agravos.

O processo migratório acelerou-se em Rosário, em 1982,, quando da implantação do Lastro, o Grande Carajás,  que oferecia através da construtora Andrade Gutierrez, empregos formais na área da construção civil. A Construtora empregou até 1700 operários por mês. Em consequência a pacata cidade, com seu paradigma tradicional ainda do período colonial, sofreu mudanças radicais e enfrenta graves problemas de ordem estruturais e sociais.

Foi a parti do término da obra o Grande Carajás que   percebi um percentual significativo de trabalhadores provenientes de zonas rurais e urbanas  desempregados perambulando pelas ruas da cidade, em busca de ajuda que mal conseguiam da prefeitura e de políticos locais. Foi nesse período, que iniciou a escalada da drogadição e da violência infanto-juvenil. Vítimas de vítimas que em nome da sobrevivência vendiam  entorpecente.

Por outro lado, há que se reconhecer que a obra o Grande Carajás, foi o  marco do crescimento econômico em Rosário, da melhoria da infraestrutura e do crescimento do comércio local. Anterior a esse período, o comércio de Rosário era praticado em quitandas pequenas  sujas  e o atendimento não era bom. A melhoria dos produtos e do atendimento,  iniciou, com a chegado dos novos moradores temporários,  exigentes em razão de terem vindo de estados desenvolvidos como: Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, eram empregados  da  Construtora Andrade Gutierrez.

Agora surgem  novas perspectivas de geração de empregos com a chegada da empresa portuária do Mearim e a implantação de siderúrgicas no município de Bacabeira. E, como medida cautelar, chamo a atenção dos rosarienses para um fato histórico e prejudicial aos munícipes, a falta de administradores públicos capazes de entenderem a necessidade extrema de pensarem e planejarem um modelo de desenvolvimento sustentável para sua população.

Um dia, encontraremos um homem ou uma mulher, com a competência de administrar a cidade em toda a sua dimensão,  não apenas o dinheiro. As ruas estão sujas e imundas, o  hospital é uma vergonha, as escolas são abafadas e fede a mofo, são escuras e muito quentes, as Feiras são sujas, imundas e fedorentas. Toda essa desgraça atribuo a falta de fiscais do povo cargo que devem ser ocupados por homens e mulheres que tenham  independência econômica e que não utilizem a mendicância para sobreviver.

Todo esse descaso, e essa desgraça é preciso ser lembrada com frequência e mostrada aos jovens que votam na beleza do rosto, sem levarem em conta a história de vida e política e, depois saem dizendo que filho de pobre não tem sorte e não tem vez. Eu costumo dizer e escrever, com outras palavras, não engulo o que posso vomitar!

Este texto foi escrito em oportunidade em que fui empregado da empresa Andrade Gutierrez e frequentava  a agência do IBGE em Rosário. Razão pela qual foi possível chegar a quantidade de empregos  mensais.






Um comentário:

  1. Professor, esse texto já foi real agora já é preciso mudanças. As escolas já estão bem melhores algumas com ar´condicionado. As ruas já estão sendo arrumadas. Eu que lhe conheço muito bem sugiro citar as escolas sem espaço adequados, com salas quentes, sujas e fedendo a mofo, como o senhor sabe? O resto é tudo verdade e o senhor não cansa, em.

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