Encaminhado por: Leda Flaborea
1 – A morte arquiva os serviços inacabados das
criaturas humanas?
No
mundo, a morte parece uma estação de problemas insolvíveis, arquivando serviços
inacabados. Entretanto, isso é apenas aparência.
2 – As
consequências dos crimes obscuros dos homens terminam com a morte?
Dramas passionais, crimes que não foram investigados pelos juízes humanos,
tragédias íntimas e assaltos na sombra, cujos protagonistas sabemos identificar
por vítimas e carrascos, não desaparecem no silêncio do túmulo, porque a vida
prossegue, além da morte, desdobrando causas e consequências.
3 – O
Princícipio de causa e efeito funciona além da morte?
O princípio de causa e efeito tanto funciona na existência humana, quanto além
dos implementos físicos perecíveis.
4 –
Para onde nos conduz a morte?
Porque nós outros, seres humanos, encarnados e desencarnados, somos ainda
discípulos imperfeitos e inexperientes da vida, a morte não nos impele, em
definitivo, às esferas superiores e nem nos rebaixa, indefinidamente, a
círculos degradantes.
5 –
Para as criaturas humanas, o que significa a vida terrestre?
Considera-nos a Lei Divina por inteligências juvenis, sob o patrocínio da
escola, concedendo-nos, na vida terrestre, o mais alto campo edificante e
reeducativo.
6 –
Qual a conexão entre a consanguinidade e o destino?
Nos elos da consanguinidade, reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram
ao destino, pelos vínculos do bem ou do mal, através das portas benditas da
reencarnação.
7 – Que precisamos para vencer na luta
doméstica?
Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade,
a fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira
escola da reabilitação e do reajuste.
8 – O que foram, em vidas anteriores, os pais
despóticos?
Quase sempre, os pais despóticos de hoje são aqueles filhos do passado, em cuja
mente inoculamos o egoísmo e a intolerância.
9 – E
o filho rebelde?
O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, à intemperança e à
delinquência.
10 – E
a filha desatinada?
A filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo,
induzimos ao desequilíbrio e à crueldade.
11 – E
o marido desleal?
O marido ingrato e desleal, em muitas circunstâncias, é o mesmo esposo do
pretérito, que precipitamos na deserção, com os próprios exemplos menos
felizes.
12 – E
a esposa desorientada?
A companheira desorientada que nos amarga o sentimento, é a mulher que
menosprezamos, em outra época, obrigando-a a resvalar no poço da loucura.
13 – E
os parentes abnegados?
Os parentes abnegados, em que nos escoramos, são os amigos de outras eras, com
os quais já construímos os sólidos alicerces da amizade e do entendimento,
propiciando-nos o reconforto da segurança recíproca.
14 –
Como influi o nosso passado no clima familiar e na atividade profissional?
Cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto, que surpreendemos na família
ou na atividade profissional, são forças do passado a nos pedirem mais amplas
afirmações de trabalho na vitória do bem.
15 –
Em vista de tudo isso, que nos cabe fazer ante os parentes?
Diante dos parentes e dos companheiros de jornada, consagremo-nos à felicidade
de todos e façamos o melhor ao nosso alcance, a benefício de cada um.
16 – O
que devemos fazer se a presença de alguém nos é penosa?
Se a presença de alguém nos é penosa ou difícil ao coração, anulemos os
impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos as nossas relações com
esse alguém numa sementeira constante de paz e luz.
17 –
Todo laço de parentesco possui razão de ser?
Ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso
não existe nas obras da Criação.
por
Francisco Cândido Xavier
Livro: Leis de
Amor
Francisco Cândido Xavier, Waldo Vieira, pelo Espírito
Emmanuel
Edições FEESP – Federação Espírita do Estado de São Paulo
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