Por Reinaldo Cantanhêde Lima
Passei na Praça da Matriz, em Rosário, no dia 30 de dezembro, por volta das dez horas, lá estavam professores e alunos. Parei para saber a razão da manifestação. Sobre o auxílio de um carro com sonorização eletrônica, ouvi os falares de duas professoras conhecidas: a Senhora Elinaura, disse pertencer ao Sistema Estadual do Ensino Público e a Senhora Vera Lúcia, quer nos parece seja também do Ensino Púbico Estadual e atualmente em Coordenação do Ensino Público Municipal. Tratava-se de um Ato Público, alertando, aos gestores, famílias e/ou responsáveis por alunos na escola.
Nessa oportunidade sentir o desejo de manifestar-me, pretendia dizer que, assisti em um programa de televisão a notícia de que um magistrado de São Paulo, havia condenado catadores de lixo a participarem de cursos de cidadania, porque não estavam dando a devida atenção aos filhos na escola. No mesmo programa alguns catadores, manifestaram-se dizendo estarem agradecidos por terem participado de eventos que os fizeram convencer de seus direitos e deveres.
São fatos como esse e outros, que nos levaram a propor política de Educação Familiar! Os tópicos propostos para o estudo são: Responsabilidade Familiar, Relacionamento Conjugal, Psicologia Infantil, Busca da Identidade na Adolescência, Relacionamento Pai, Mãe e Filhos, Cidadania e Visão Empreendedora. Há quem diga que a sociedade nunca vai mudar e, que daí para pior.Será! Não morro na praia sem antes ter que lutar. “Justiça se faz na luta”.
Professora Vera Lúcia, para reflexão – que bons exemplos podemos dar aos nossos filhos, se não recebemos dos nossos pais? Como podemos educar bem se fomos mal educados? Quando alunos estão abandonados na escola é porque a família não é mais a célula máter e, sim, uma célula mártir! A família está abandonada pelo Estado e, os abandonados absoletos adormecidos aos braços do fracasso. Provérbios
Na atual conjuntura, são pouco os pais que podem cumprir com as recomendações feitas por Tânya Zagure –“Os pais devem ensinar aos filhos que os direitos são iguais para todos; ensinar que existem outras pessoas no mundo; dizer “sim” sempre que possível e dizer “não” sempre que necessário; ensinar que a cada direito corresponde a um dever; e por fim dar o exemplo quem quer ter filhos que respeite a Lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios ainda que a sociedade não tenha apenas indivíduos que agem dessa forma.
Ao reconhecer nossas deficiências, é que propomos implantação da política de Educação Familiar. É possível fazer Educação Familiar, em curto prazo, mobilizando pessoas para participar do processo, possibilitando aplicação de estratégias que modifiquem e capacitem indivíduos para pensar e agir diante as diversidades do cotidiano. Além da possibilidade de multiplicidade de agentes pedagógicos involuntários.
*Funcionário Público, Sindicalista, Autodidata, Educador Alternativo e Mobilizador Social
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