quarta-feira, 9 de março de 2011

QUERELAS PROVINCIANAS

Por Reinaldo Cantanhêde Lima
Quando eu era um garoto, assisti uma discussão entre o meu pai José Nazário Lima e o meu tio João Preá, irmão da minha mãe, na casa do forno (Casa de Fazer Farinha), em oportunidade em que estavam aterrando uma parte do mar em São Luís. Essa parte do mar, chamou-se Aterro do Bacanga. O meu pai comentava de uma obra de engenharia fantástica, um atalho, que passa por via rampa Campos Melo, até o porto do Itaqui
Enquanto o meu pai estava entusiasmado ao comentar sobre o Aterro do Bacanga, o meu tio João Preá, irritava-se com a euforia de Nazário, estava torrando farinha. João Preá disse que o meu pai estava ficando doido ao acreditar que o homem teria capacidade de modificar os feitos de Deus. Nazário reprovou João preá dizendo que era um homem sem saber e, por isso não acreditava nos avanços tecnológicos.
Essa discussão chamada de teimosia durou até que o Preá apoderou-se de um compasso de carpinteiro e desafiou o meu pai, queria enfiá-lo na barriga de Nazário, se não fosse outras pessoas intervirem a ignorância poderia ter causado uma morte. Um cunhado matava o outro tudo por falta de respeito mútuo. Naquela oportunidade todos ficaram contra a ação do meu tio João Preá, inclusive eu. Agora compreendo, que todos estavam errados! Preá querendo convencer Nazário e Nazário tentando convencer Preá!
Uu certo dia em conversa com o saudoso João Agripino dos Santos, comentei sobre a querela de João Preá com Nazário, sobre o Aterro do Bacanga. E, o senhor João dos Santos contou-me que, quando correu a notícia de que iam construir um vapor com chapas de ferro, um compadre matou um outro. Travaram uma discussão e, foram até o rio fazer aprova, um dos compadres pegou um vergalhão de ferro e jogou no rio disse: esta vendo compadre ferro não bóia. Daí, continuaram com a discussão e, não tendo quem intercedesse, o mais agitado desferiu uma faca no outro e o matou!
Estes acontecimentos faz lembrar-me de quando eu era aluno do curso Madureza, a professora era Marinalva Paixão, falei da estrada do além Rio Itapecuru MA 410, Rosário a Axixá, sonhava vê-la asfaltada. Aminha professora, minha comadre e, atualmente advogada, constrangeu-me diante dos meus colegas, todos adultos éramos pais e mães, disse a professora que eu estava ficando doudo. Seguido pelo meu vizinho lá do Povoado Centro Grande, o Senhor Eduardo, chamou-me de louco, por sonhar com estrada passando por dentro do nosso Povoado, está asfaltado.
Desta feita é a querela do Centro de Tratamento de Resíduos, que o povo da oposição, chama de lixão. Eu sou cauteloso ao prejulgar e, sobre esse projeto já manifestei - me publicamente. Como nenhum fato novo ocorreu para que eu mude a minha opinião, vou aguardar o desdobramento desse processo. O tempo haverá de nos mostrar o verdadeiro caminho!
*Reinaldo Cantanhêde Lima, funcionário público estadual, Sindicalista Autodidata e Mobilizador Social – Blog: www.reinaldocantanhede.blogspot.com – Email: reinaldo.lima01@oi.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário