segunda-feira, 28 de março de 2011

ITAPECURU GRANDE

ITAPECURU GRANDE
Por Reinaldo Cantanhêde Lima
Mario Martins Meireles, historiador maranhense, em sua obra o Itapecuru Grande, publicada em 1994, registrou como sendo o primeiro povoado do município de Rosário a proximidade da Fortaleza da Foz do rio Itapecuru, conhecida como Forte de Vera Cruz, levando-o a crer, seja o Povoado Cachoeira. A construção do forte foi iniciada em 1620, por Bento Maciel Parente, Capitão de Entradas e Descobrimentos. Com 40 soldados, duas aldeias e alguns moradores ” que ali se situaria, sobreviventes da fracassada expedição comandada em 1535, por Aires da cunha, ou pelos integrantes da que vinda, em 1660, com os filhos de João de Barros.

O segundo Povoado quer me parecer ainda, pelos escritos de Meireles, tenha surgido de um Arraial, que após atingir um nível satisfatório de desenvolvimento, tenha sido organizado em Freguesia, com a elevação de uma ermida e, em torno da qual, agruparam-se os primeiros vizinhos e, com isso, elevaram a ermida a categoria de Igreja Matriz. (Rosário Cidade)

O terceiro Povoado foi são Miguel, fundado, em 1624, por mãos de Pe. Lopo do Couto, aí levantaram uma primeira residência, sob a invocação de são Miguel, entraria a região a cedo se povoar e desenvolver, graças as seis marias que começaram a ser concedidas”.

Pulando a ordem dos acontecimentos administrativos, Rosário, conquista a categoria de Vila e Sede de Comarca no período de 1818 a 1858 e acende a categoria de cidade conforme a Lei nº. 654, de 6 de abril de 1914. A sede do município, está localizada à margem esquerda do Rio Itapecuru e fica a 65 quilômetros de São Luís , capital do Estado do Maranhão, é o município de maior suporte e referência da Região do Munim. Rosário é uma sede Regional Administrativa do Estado do Maranhão.

Atende a uma região de 12 municípios: Axixá, Bacabeira. Barreirinhas, Cachoeira Grande, Humberto de Campos, Icatu, Morros, Presidente Juscelino, Primeira Cruz, Rosário, Santo Amaro e Santa Rita. Já existe Projeto em que, esta Regional de Rosário deverá ser composta por sete municípios: Axixá, Bacabeira, Cachoeira Grande, Morros, Presidente Juscelino, Santa Rita e Rosário a sede Regional.
UNIDADES REGIONAIS EXISTENTES
Unidades de atendimento desta Regional de Rosário: Unidade Regional de Saúde – URSR; Unidade Regional de Educação – URE; Unidade de defesa vegetal e Anima – AGED; Agência Estadual de Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária – AGERP
SÍNTESE E DESDOBRAMENTO E SUAS DATAS
“O que ensina a nossa História à que a mais antiga cidade maranhense é São Luís, erguida por mãos dos franceses em 8/9/1612. Depois dela vem, com certeza, a de Icatu, nascida do arraial de Águas-Boas, depois Vila Velha do Icatu, ao pé do forte de Santa Maria de Guaxenduba e, em torno da ermida de N. S. da Ajuda, construída pelos homens de Jerônimo de Albuquerque, quando chegou ao maranhão em 02 de outubro de 1614 para iniciar a expulsão dos franceses.

Em terceiro lugar, pela ordem, cabe à Alcântara, embora na dependência de saber-se, ao certo, quando Martins Soares Moreno, deixado em 02 de janeiro de 1616, por Alexandre de moura como Capitão de Tapuitapera e Cumã, ou Matias de Albuquerque que, seu sucessor no cargo, teria um ou outro, construído o presídio militar que, sobre a aldeia indígena de Tapuitapera, daria origem a vila de Santo Antonio de Alcântara que, a contar de 12 de junho de 1627, seria sede do governo da donataria de Cumã.

César Marques, no verbete”Rosário”, de seu “Dicionário”, registra que sobre a margem esquerda do rio Itapecurú, na lat. Merid. De 2º18’ e na long. Occ. De 45º 45’ foi assentada a povoação outr’ora de Itapecurú - Grande, onde havia uma igreja dedicada a N. S. do Rosário.
O SURGIMENTO DA CAPITANIA; A PRESENÇA DOS MISSIONÁRIOS JESUÍTAS
1630 A 1760
“Quanto as Capitanias Reais, não sabemos quando foi criada cada uma delas. Sabemos, apenas, que Betendorf, veio para o maranhão em 1661 e que escreveu sua “Crônica” em 1699, e as enumera, no capítulo 6º, do Livro 1º, dando notícias das capitanias do Maranhão em um total de quatro, sendo São Luís cabeça de Estado, Itapecuru, Icatu e Mearim”.

Sabe-se que, por sugestão de Bento Maciel Parente e para conservação das terras conquistadas e, que tal sugestão tenha referido - se aos engenhos de açúcar, e as terras férteis para produção de alimentos em especial nas margens do Itapecuru, águas excelentes para pescarias de peixes.
A COMPANHIA GERAL DE COMÉRCIO E O DESENVOLVIMENTO DA CAPITANIA
“O Itapecuru era o jardim do Maranhão, conforme referiu-se Manuel de vide – Souto Maior, sobre as águas abundantes, a caça e a quantidade de gado que pastava em seus campos ao número de engenhos e também pela proximidade à cidade de São Luís”.
A CRIAÇÃO DA FREGUESIA E SEU DESDOBRAMENTO EM 1801 A 1818
“Para tentar explicá-lo, comecemos por lembrar que o Senhor de Pancas, o Governador Cristovam da Costa freire, dissera em seu expediente datado de 23/12/1716, que sempre alli houvera vigário mas sem côngrua porque o clero velho, que nela servia nunca havia pedido. Entretanto, não obstante tudo isso, foi pela segunda vez creada a freguesia pela provisão régia de 25 de setembro de 1801.”
DE POVOAÇÃO E JULGADDO, TERMO VILA E SEDE DE COMARCA – 1818/1858
Em 19 de abril de 1833, Povoação do Rosário do Itapecuru – Grande foi elevada à categoria de vila, cabeça de município com duas freguesias, a de Nossa Senhora do Rosário na sede, e a de Nossa Senhora da Lapa e Pias, no Povoado de São Miguel Arcanjo, em cumprimento a Lei Provinciana nº 3, de 30/04/1835. A sede da vila contava 210 casas, 106 eram pequenas e cobertas com pindoba e 104 eram cobertas com telha”.
ROSÁRIO ASCENDE A CATEGORIA DE CIDADE EM 1914
Em 1914 Rosário ascende a categoria de cidade e, nessa época haviam 4.000 moradores distribuídos em oito ruas – Grande, Sol, Remédios, Matta, Cayenna, Tresidela, becos e travessas, o logradouro principal era a Praça da Matriz. No perímetro urbano, haviam 436 casa, sendo 4.000 moradores na sede do município e 16.000 almas viviam no interior nos povoados : São Miguel, Pai Simão, Carmo, Peri de Baixo, Peri de Cima, Cachoeira, Mocambo e Areias”.

Observação.: Este trabalho foi realizado para atender a solicitação de mães em oportunidades que seus filhos precisam realizar trabalhos escolares e, sequer sabem onde encontrar publicações. A parte em negrito é transcrito da peça original – Rosário do Itapecuru - Grande/ Mário M. Meireles – São Luís: SIOGE. 1994 (Mário Martins Meireles - historiador maranhense)


AUTOR/ORGANIZADOR
REINALDOCANTANHÊDE LIMA, funcionário público estadual, Sindicalista, Autodidata, educador Alternativo e Mobilizador Social – Blog.: www.reinaldocantanhede.bolgspot.com – Email: reinaldo.lima01@oi.com.br – Telefone: (098) 3345 1298 – 9161 9826

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