quarta-feira, 5 de junho de 2013

PARA QUE SERVE O CASAMENTO?

Você já se perguntou alguma vez sobre os objetivos do casamento?
Sim, porque algum objetivo o Criador deve ter para fazer da união de dois seres uma lei da natureza.
Talvez, refletindo superficialmente você responda que o objetivo do casamento é a perpetuação da
espécie humana. Mas será só isso?
Na verdade, o casamento marca grande progresso na marcha evolutiva da humanidade.
E, por quê?
Porque Deus visa não somente a procriação, mas também a evolução moral dos seres.
É assim que o casamento se constitui numa excelente oportunidade de crescimento para aqueles que
sabem aproveitá-la bem.
Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o mesmo teto, desde logo terão chances
de melhoria individual. E a primeira delas é vencer o egoísmo.
Sim, porque o que antes era “meu”, agora passa a ser “nosso”.
Antes de casar, era o “meu” quarto, o “meu” carro, o “meu” aparelho de som, o “meu”... O “meu”...
No primeiro dia de convivência mútua, deverá ser o “nosso” quarto, o “nosso” carro, o “nosso”
aparelho de som, e assim por diante.
Com o passar dos dias os pares vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem
aquilo que parecia ser.
Bem, nosso par tem algumas manias que desaprovamos, e que só notamos graças a convivência diária.
Eis uma ótima oportunidade para aprender a dialogar e resolver conflitos como “gente grande”.
Depois surgem mais alguns membros para nos ajudar a treinar outras virtudes: chegam os filhos.
Agora temos que dividir um pouco mais, e isso nos torna menos egoístas.
Devemos dividir mais a atenção, treinar a renúncia, aprender a passar noites sem dormir, tropeçar em
fraldas sujas, correr para o médico nas horas mais impróprias, perder o filme que gostaríamos de
assistir... a novela... o telejornal.
A cama, que antes era só minha e passou a ser nossa, agora tem mais alguém nela, disputando espaço.
CENTRO ESPÍRITA “ NOSSO LAR “
Jacupiranga - SP.
Rua Augusto José de Macedo, 372 - Centro - 11.940-000 – Jacupiranga – SP. - D30A57M12 - 04/06/10 – Pág. : 156 / 162
E não é só o espaço físico que o pimpolho reclama, ele quer nosso carinho, nossa atenção, nossa
companhia, nossa proteção.
E aí temos a grande oportunidade de aprender a superar o ciúme, o medo, a insegurança, o desejo de
posse exclusiva sobre o nosso par, para amparar esse serzinho que chegou para ficar.
Junto com tudo isso herdamos, também, a família do nosso cônjuge, que nem sempre nos parece uma
boa aquisição.
Eis um grande desafio para aprender a fraternidade pura, a tolerância, o desprendimento, a amizade e
outras tantas virtudes que ainda não possuímos.
Ademais, para cumprir bem o papel que um dia aceitamos, unindo-nos a alguém de livre e espontânea
vontade, é preciso que os dois pilares do templo chamado lar permaneçam firmes até o fim.
Quando isso não acontece está declarada a vitória do egoísmo. Está declarada a nossa falência
enquanto seres que desejamos superar os limites e alcançar paragens mais felizes.
Talvez você não concorde com todos esses arrazoados, no entanto, seria bom refletir sobre o assunto.
Há casos de pessoas que optam por não se casar, assumindo, declaradamente seu egoísmo. Com
certeza irão responder perante a própria consciência e a consciência cósmica pela decisão tomada.
Considerando que nem todos nascem com o compromisso de se casar, obviamente estamos falando
daqueles que tinham assumido esse compromisso, antes de renascer.
Aquele que se casa e promete conviver bem com seu par e com os filhos que Deus lhes envia, mas
abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos
daqueles que abandona à própria sorte.
Isso será, fatalmente, sementeira de amargura num futuro próximo ao distante, cuja colheita será
obrigatória.
Por todas essas razões, vale a pena pensar ou repensar os nobres objetivos que a divina sabedoria
estabeleceu com a união de dois seres.
Vale a pena refletir sobre o que queremos para nós. Refletir sobre as forças internas que devem nos
elevar acima dessa miséria moral chamada egoísmo.
Ou será que vamos “jogar a toalha”, numa demonstração tácita de derrota para esse monstro cruel?
Pense nisso! Pense agora! E decida-se pelo amor.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

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