quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Filhos de dependentes químicos com
Fatores de risco biopsicossociais:
Necessitam de um olhar especial?
Artigo Original

NELIANA FIGLIE1 Resumo
ANDREZZA FONTES2
EDILAINE MORAES2
ROBERTA PAYÁ3

1 Psicóloga, especialista em dependência química, mestre em saúde mental e doutoranda pelo Depto.
De Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, Coordenadora do Ambulatório de Alcoolismo
Da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas - UNIFESP), Coordenadora Geral do Projeto
CUIDA (Centro Utilitário de Intervenção e Apoio a Filhos de Dependentes Químicos).

2 Psicóloga e pesquisadora da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas - UNIFESP) e do
CUIDA (Centro Utilitário de Intervenção e Apoio a Filhos de Dependentes Químicos), especialista em
Dependência química e mestranda em psiquiatria pela UNIFESP.

3 Psicóloga, especialista em dependência química pela UNIFESP, especialista em terapia de família e
Casal pela PUC/SP, coordenadora clínica do CUIDA (Centro Utilitário de Intervenção e Apoio a Filhos de
(Dependentes Químicos), pesquisadora da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas - UNIFESP).
Endereço para correspondência: Neliana Buzi Figlie, UNIAD/UNIFESP/EPM - Depto. de Psiquiatria,
Rua Borges Lagoa, 564, conj. 44, Vila Clementino - São Paulo - SP - Brasil - CEP 04038-001, Fone/
Fax: (11) 5579-0640 e-mail: neliana_figlie@uol.com.br ou neliana@psiquiatria.epm.br

Contexto: A dependência química tende a afetar a família como um todo. Filhos de

Dependentes químicos têm um risco aumentado para o desenvolvimento da dependência
Química, bem como para transtornos psiquiátricos, quando comparados com outras crianças.
Objetivo: Investigar o perfil de crianças, adolescentes e familiares em um serviço de
Prevenção seletiva para filhos de dependentes químicos e discutir alternativas de intervenção
e tratamento para essa população. Tipo do estudo: corte transversal. Amostra: Serviço de
Prevenção seletiva, situado em um bairro da periferia da cidade de São Paulo, com 63
Familiares, 54 crianças e 45 adolescentes. Instrumentos: Dados sócio-demográficos;
Procedimento de Desenhos de Família com Estórias – DF-E; Drug Use Screening Inventora
(DUSI); Critérios de investigação sobre situações de estresse psicossocial vividas pela criança
(CID 10, 1993); Self-Report Questionnaire SRQ-20; CAGE familiar. Resultados: Com relação
ao perfil familiar, 67% pertencem à categoria socioeconômica D; na maioria das famílias o
Pai é o dependente químico (67%), tendo como substância de escolha o álcool (75%). O SRQ-
20 detectaram, em 59% dos cônjuges que não eram dependentes químicos, risco de distúrbios
Em saúde mental. Nas crianças, foi observada timidez e sentimento de inferioridade,

Depressão, conflito familiar, carência afetiva e bom nível de energia, que é indicativo de
Equilíbrio emocional e mental. Nos adolescentes, foi observado maior índice de problemas
Nas seguintes áreas do DUSI: desordens psiquiátricas, sociabilidade, sistema familiar e lazer/
Recreação. Conclusão: O artigo concluiu a necessidade de um serviço especializado de
Prevenção seletiva, dirigido a crianças, adolescentes e familiares afetados pela dependência
Química, uma vez que filhos de dependentes químicos representam um grupo de risco para
o desenvolvimento de problemas biopsicossociais.

Palavras-chave: Transtornos relacionados ao uso de substâncias, criança, psicologia
Do adolescente, relacionamento familiar, saúde mental.
Children of Addicted Parents with Bio-psychosocial Risk Factors: Do They
Need a Special Care

Comentário de Reinaldo Cantanhêde Lima
Entendam, não havendo uma política para tratar de pessoas com a capacidade para constituir uma família saudável, tudo leva crer que com o passar do tempo, talvez, seja tarde demais. Foi com a visão de um futuro promissor que se pensou em elaborar a Proposta: Educação Familiar, a custo quase zero e,  só depende das pessoas discutirem, entenderem e dizer para o seu Prefeito, implante essa política com o nosso dinheiro!!!

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