O confrade e
pesquisador
paulista fala
sobre a
importância do
estudo e da
pesquisa para
compreendermos
melhor o
Evangelho e a doutrina espírita
Evangelho e a doutrina espírita
Gino Villa Verde
(foto),
natural de São
Paulo-SP e
atualmente
radicado em
Guarujá-SP, é
vice-presidente
da Casa
Esperança Centro
Espírita,
localizada na
cidade onde
reside.
Engenheiro civil
e advogado,
tornou-se
espírita em
1970, quando
contava apenas
13 anos.
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No meio
espírita, é
também
expositor,
pesquisador e um
estudioso do
Evangelho e da
Codificação
Espírita, temas
por ele
examinados na
seguinte
entrevista.
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De onde surgiu o
gosto pelo
estudo e
pesquisa
espírita?
Quando estava
com 13 anos
minhas
noites/madrugadas
eram
eventualmente de
pavor: ouvia
passos, ruídos,
via vultos, que
interpretava
como ladrões.
Meus pais, no
início,
verificavam que
tudo estava bem
em casa – sem
ladrões –; então
julgavam que eu
era medroso,
tinha pesadelos
e alucinações, o
que não afastava
os meus ladrões
e vultos e ainda
mais agravava
meus sofrimentos
angustiosos.
Depois nem
verificavam mais
e então sofria
sozinho.
Tudo começou a
mudar quando a
vizinha, uma
senhora idosa,
Maria Matin
Garcia, espanhola
natural de
Barcelona, tendo
conhecido meu
drama, disse:
Kardec explica;
veja O Livro
dos Espíritos,
de Allan Kardec.
No dia seguinte
comprei a obra
e, apaixonado
pelo critério
lógico do
raciocínio e
pelo amoroso
sentimento que
nos sugere a
sublimidade,
estudei, estudo
e estudarei a
obra completa de
Allan Kardec. E
os passos e
vultos que antes
me provocavam
medo se
aproximaram e
hoje com enorme
satisfação me
auxiliam a
estudar a
logística
espírita cristã
e deixam
saudades quando
estão ausentes.
O que mais o
atrai nas
pesquisas
históricas?
A pesquisa
histórica é um
notável recurso
de
esclarecimento
que muito
facilita o
desafio do
aprendizado.
E na Codificação
Espírita, que
estendemos
também à Revista
Espírita?
Existe uma
relação especial
para o
aprendizado entre
os livros da
Codificação e a
Revista Espírita
(Jornal de
Estudos
Psicológicos,
que era mensal
na época de
Kardec), difícil
de exprimir por
palavras. Diria
que é como uma
aula teórica e
uma aula no
laboratório, ver
um filme pronto
e os
preparativos da
filmagem,
edição...; tirar
a carta de
motorista e ter
experiência nos
caminhos. Além
do mais, a
Revista Espírita
nos mostra
particularidades
íntimas de
Kardec, lutas,
doenças,
contestações,
perseguições,
acusações,
aspectos da
personalidade,
rotinas da vida,
viagens. Uma
empolgante
viagem no tempo
e no processo da
codificação
espírita. É como
a diferença
entre um filme
2D e 3D (nos
sentimos
inseridos na
codificação!).
(1)
As visitas aos
locais
históricos do
Cristianismo
nascente
trouxeram-lhe
acréscimo nas
reflexões em
torno das
pesquisas e
estudos?
Sim e muito.
O que mais lhe
chamou a atenção
nessas pesquisas
aliadas à
presença aos
locais?
A presença nos
locais facilita
verificar
informações que
no papel, no
filme, nos dão
impressões
superficiais.
Uma
circunstância é
mostrar uma
pessoa se
molhando na
chuva, outra é
sair na chuva e
se molhar. E o
lugar é único no
mundo! Mar Morto
(aproximadamente
400m abaixo do
nível do mar,
muito salgado!);
Genesaré
(aproximadamente
200 m abaixo do
nível do mar,
água doce); rio
Jordão descendo
de Genesaré para
o mar Morto;
Jericó (oásis),
deserto com
muita pedra e
grande declive,
monte Tabor com
grandiosa vista
panorâmica,
escavações
arqueológicas
presentes,
ruínas, montes,
algumas tradições
dos mandamentos
preservados, e
muito mais.
Estudar o
Evangelho no
próprio local
cria uma forte
impressão
emocional e,
amparados pela
codificação
espírita de
Allan Kardec,
seu
desenvolvimento
na produção
mediúnica de
Chico Xavier e
obras
complementares
compatíveis, é
muito útil.
No contexto
histórico do
Cristianismo, da
disseminação do
Evangelho e
posterior
Codificação do
Espiritismo,
qual o aspecto
mais marcante e
expressivo em
todo o processo?
Por quê?
A misericórdia
divina. Somos
Espíritos que
estamos
inseridos num
processo
evolutivo com
livre-arbítrio
e destinados à
perfeição
relativa da
criatura, quando
então
desfrutaremos a
felicidade
suprema.
Observamos
bilhões de anos
trabalhados pelo
Criador e seus
mais adiantados
filhos na escola
planetária
Terra,
trazendo-nos por
Jesus um convite
para uma festa
no Seu Reino.
Porém, a grande
maioria da
humanidade,
indiferente,
rebelde,
violenta, recusa
o amorável
convite,
afastando-se do
Pai Celeste.
Isso lembra-nos
a parábola do
filho
pródigo desperdiçando
os bens do
Senhor até que o
aguilhão da dor
o relembre do
bem-estar da
Casa do Pai. E
voltando,
estando ainda ao
longe, seu pai o
avista e, movido
de compaixão,
corre ao seu
encontro,
lança-se-lhe ao
pescoço,
cobrindo-o de
beijos. O mais
marcante é a
misericórdia
divina!
Como
você vê a velha
questão das
diferenças
culturais, que
envolvem um
planeta tão
diversificado,
desde o idioma,
o clima e as
tradições
históricas?
No Evangelho de
Lucas lemos
que certo homem
tinha uma
figueira
plantada em sua
vinha e não
podia ocupar o
campo
inutilmente,
tendo então o
dever de dar o
seu fruto. Todos
estamos no campo
do Senhor,
plantados com
árvores
diferentes,
todos com dever
de produzir
frutos. O
Espírito
Emmanuel através
da psicografia
de Chico Xavier
nos livros
A Caminho da Luz
e O
Consolador
nos ensina com
grande louvor o
cultivo do
Senhor no campo.
(1)
Os 12 volumes
da Revista
Espírita foram
estudados de
forma metódica e
sequencial nesta
revista, nas
edições 37 a
208. Eis o link
que remete o
leitor à lição
que deu início a
esse estudo -
http://www.oconsolador.com.br/37/estudandoasobrasdekardec.html
Fonte: O Consolador uma Revista Semanal de Divulgação da Doutrina Espírita
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