ALESSANDRO VIANA
VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br Itapetininga, SP(Brasil)
Interação
conjugal:
As estatísticas
revelam que mais
de 50% dos
casamentos
terminam em
separações, o
que demonstra
que há muito
desajustamento
na relação
conjugal. Vemos,
na relação
conjugal, a
presença do
tédio, da falta
de diálogo, da
traição, da
ausência de
respeito, o que
nos leva a
pensar que os
cônjuges
adentram o
casamento
totalmente
despreparados
para a vida a
dois, que
exigirá um ato
de
compartilhamento
e renúncia de
ambos os lados.
Camilo assevera
que o casamento
deve gerar união
e não fusão,
porque cada um
dos cônjuges
deve alimentar
seus ideais, que
devem ser
comunicados ao
parceiro, a fim
de que, juntos,
possam ajustar a
melhor maneira
de consumá-los.
Infelizmente, na
maioria das
relações, o
casamento é uma
forma de
legalizar o ato
sexual,
sobretudo para o
elemento
masculino, que,
em muitas
situações, em
razão da libido
descontrolada,
exigirá a
relação sexual
em períodos de
enfermidade, de
ciclo ovulatório
e menstrual da
mulher.
Aprendemos com
Camilo e com
outros
benfeitores
espirituais que
o sexo é a parte
menos
significativa do
casamento, que
deve ser mantido
através do
amor-ternura e
do amor-amizade,
onde o afeto e o
respeito não
permitirão que o
tédio domine as
emoções dos
cônjuges.
O casamento é
como uma planta
delicada, que
deve ser regada
diariamente com
amor e amizade,
porque, antes de
sermos parceiros
conjugais, não
podemos esquecer
que somos filhos
de Deus,
portanto, irmãos
que procuram
ajudar um ao
outro em suas
trajetórias
evolutivas.
Assim sendo, a
atitude cristã
no casamento
sempre será de
fidelidade,
ternura,
respeito e
tolerância,
cientes de que o
mais evoluído ou
o mais
esclarecido, do
ponto de vista
religioso, deve
ser aquele que
mais oferecerá
atitudes de
amor, cedendo e
silenciando
quando seja
necessário para
a harmonia
conjugal,
buscando forças
na oração.
Lembremos a
frase de André
Luiz: “Começa
na intimidade do
templo doméstico
a exemplificação”
(Conduta
Espírita).
Na via pública:
André Luiz nos
adverte que
deveremos
demonstrar, com
o exemplo, que o
espírita é
cristão em
qualquer lugar.
Dessa forma, na
via pública,
deveremos usar
de cordialidade
e brandura com
os transeuntes,
sorrindo e
expressando
palavras
afetuosas, pois
a saudação
fraterna é
cartão da paz.
Deveremos,
também,
colaborar com a
higiene da via
pública,
conforme visto
no item “Questão
Ambiental”,
protegendo,
ainda, os
jardins, os
monumentos, as
árvores e os
animais, bem
como deveremos
auxiliar as
crianças, os
enfermos e os
idosos, seja no
trânsito
público, seja em
outra situação
em que poderemos
ser úteis.
Aliás, o
trânsito
tumultuado dos
dias atuais será
uma excelente
oportunidade
para treinar a
paciência e a
tolerância,
evitando-se os
descontroles
emocionais, que
culminam em
xingamentos e
agressões. Após
o descontrole, a
consciência nos
dirá que
poderíamos ter
agido com mais
fraternidade.
A partir da
consciência
iluminada pelo
evangelho de
Jesus, deveremos
nos afastar dos
lugares viciosos
com discrição,
sem crítica e
sem desdém,
porque sabemos
que esses locais
em nada
contribuirão
para a nossa
melhoria
espiritual e,
pelo contrário,
poderão gerar
riscos
desnecessários
para a nossa
marcha
evolutiva,
mormente no
campo das
influências
espirituais
(obsessões).
No templo
religioso:
André Luiz traz
excelentes
apontamentos
acerca de nossa
conduta no
templo
religioso,
convidando-nos,
por exemplo, ao
exercício da
pontualidade.
Na casa
espírita, se
possível, chegar
com quinze
minutos de
antecedência,
para que
possamos nos
desconectar das
fixações mentais
ligadas à
correria do
dia-a-dia,
abrindo espaço
mental para
absorver as
lições
espíritas,
notadamente se
for reunião
mediúnica, a
exigir maior
concentração dos
médiuns.
André Luiz
também nos fala
da dedicação no
que tange à
disciplina, de
forma que
deveremos
prestar atenção
nos
doutrinadores ou
nos
palestrantes,
sem conversação,
bocejos ou
tosses
bulhentas, a fim
de que o
aprendizado
possa ser mais
eficaz.
O citado
benfeitor
orienta que
deveremos nos
privar dos
primeiros
lugares no
auditório,
reservando-os
aos visitantes e
às pessoas menos
capazes. Que
advertência
interessante,
haja vista que,
normalmente,
fazemos o
contrário,
sobretudo em
palestras
espíritas,
quando chegamos
cedo ao local e
guardamos
lugares para
outras pessoas,
em total
desrespeito
àqueles que
estão chegando
ao recinto.
Na obra “Conduta
Espírita” ainda
consta que o
espírita deve
preservar a todo
custo a pureza
doutrinária,
buscando, por
consequência, o
estudo sério da
religião
espírita,
principalmente a
partir da
leitura das
obras básicas de
Allan Kardec,
evitando-se, a
todo custo, os
livros de
conteúdo
duvidoso e a
aceitação de
ideias estranhas
ao Espiritismo.
Ao conviver com
pessoas
difíceis:
Diz o Espírito
Camilo, no
capítulo
denominado
“Sofrimento e
Cristalização”
(obra “Educação
e Vivências”),
que não é fácil
a tarefa de
transformar o
psiquismo de
alguém, porque,
muitas vezes,
estaremos diante
de Espíritos que
há vários
séculos estão
mantendo uma
conduta
irregular,
divorciadas do
bem e da
verdade, de
forma que nem o
sofrimento será
capaz de romper
imediatamente
essa
cristalização no
erro.
Assim sendo,
teremos que
exercitar a
compaixão ao nos
depararmos com
pessoas
difíceis,
agressivas,
maldosas,
levianas,
libidinosas,
materialistas,
porque
compreendemos
que elas estão
num patamar
evolutivo
inferior, e, por
isso, deveremos
ofertar a elas o
melhor de nós
para ajudá-las,
sem de modo
nenhum perdermos
o equilíbrio
emocional.
Essas pessoas
poderão estar em
nossa família,
nos ambientes de
trabalho e nos
relacionamentos
sociais,
portanto, nossa
tarefa será de
semeadura,
cientes de que a
terapia do
tempo, através
da reencarnação,
produzirá seus
efeitos
benéficos e
progressivos.
Não deveremos
violentar a
liberdade de
consciência de
outrem, de tal
sorte que os
nossos exemplos
e as orientações
verbais serão
apenas
propostas, pois
não impõem a
transformação
moral,
tratando-se
antes de um
convite para que
a pessoa reflita
e, por livre e
espontânea
vontade, opte
por se mudar
para o bem.
Frise-se que os
gestos de afeto
são de suma
importância para
o acolhimento
desses
indivíduos, haja
vista que o
Espírito Joanna
de Ângelis nos
ensina que
“nenhum
investimento de
amor é perdido”
por marcar
profundamente o
Espírito ainda
rebelde que,
mais cedo ou
mais tarde,
acabará por
render-se ao
amor que nos
plenifica e nos
traz sentido
existencial.
Cuidado para que
não sejamos nós
as pessoas
difíceis, de
caráter instável
e intransigente,
a tumultuar os
relacionamentos
à nossa volta.
Viver com o
Cristo:
As situações
trazidas à baila
neste artigo
convidam-nos a
viver
sintonizados com
Jesus,
esforçando-nos
sempre pelo bem
comum, para que
possamos ser um
instrumento da
paz, consoante o
pedido de
Francisco de
Assis em sua
famosa prece.
Numa belíssima
simbologia, o
Espírito Camilo
nos convida a
permanecer nas
alturas, isto é,
com a vibração
elevada, jamais
sintonizando com
o mal, que é
tudo aquilo que
se afasta do
bem.
Camilo relembra
a passagem do
Sermão
Profético, no
qual Jesus, em
dado momento,
assevera que
aquele que
estiver no
eirado não desça
e quem estiver
nos campos ou
nas montanhas
não volte à
cidade.
Trata-se de uma
proposta de
fidelidade ao
bem, sobretudo
neste período de
transição
planetária, onde
o mal e a
agressividade
tentam tumultuar
os corações
humanos.
Permaneçamos
fiéis ao amor
pregado e vivido
por Jesus,
porque,
infelizmente,
muitos
indivíduos
acabam
afrouxando no
campo moral e se
permitem
pequenas
concessões
morais, passando
com isso a
entrar em
sintonia com
Espíritos
equivalentes,
complicando o
rumo de suas
vidas na Terra.
Joanna de
Ângelis também
nos adverte que
“a atitude é a
nossa
radiografia
moral”,
portanto,
busquemos nos
fortalecer
na prece e no
estudo, para que
possamos entrar
em sintonia com
as energias
superiores da
vida, que nos
estimularão a
viver o bem em
regime de
plenitude e em
qualquer
situação,
lembrando que o
eminente
codificador do
Espiritismo,
Allan Kardec,
diz que se
reconhece o
verdadeiro
espírita pelos
esforços que faz
para domar suas
más inclinações,
procurando ser
hoje melhor do
que ontem.
Perseveremos nas
condutas cristãs
para que os
nossos gestos
possam
representar a
presença do
Cristo na
Terra.
Fonte: O Consolador uma Revista Semanan de Divulgação Espírita |
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