domingo, 8 de abril de 2012

“Depois que conheci o Espiritismo, costumo dizer: Como é bom ser espírita!”


Líder espírita na cidade pernambucana de Caruaru, o
confrade fala sobre o movimento espírita de sua
cidade e também sobre outros assuntos
 
Nascido em São Luís-MA, o confrade Nélio Vicente Costa (foto) reside em Caruaru, no Estado de Pernambuco, desde 1967. Militar reformado do Exército Brasileiro, tornou-se espírita em 1975, quando passou a atuar de modo efetivo no movimento espírita local. Atualmente é presidente do Centro Espírita Lar de Jesus e um dos coordenadores do Mês Espírita de Caruaru, evento que atingiu este ano sua 11ª edição.
Pessoa notável e marcante, é ele dotado de um carisma que encanta e sua vitalidade   não   deixa   transparecer  seu
tempo de encarnado. O Sr. Nélio, a alegria personificada, conversou conosco, como o leitor verá na entrevista seguinte. 
Fale-nos sobre sua história no Espiritismo.  
Somos simples trabalhador do Movimento Espírita, sem qualquer distinção, sem qualquer mérito. 
Em Caruaru existem quantas instituições espíritas? 
No momento existem dez instituições espíritas. 
O Mês Espírita de Caruaru – MESESC – realizou este ano sua 11ª edição. Conte-nos como foi idealizado e quais os objetivos propostos para o evento. 
Se não fôssemos espírita, diríamos que surgiu por acaso, mas, como sabemos que o acaso não existe, certo dia deu aquele famoso “estalo do Vieira” e começamos a realizar, como ainda hoje o fazemos, de modo muito simples. Nossa salvação é que existem pessoas voluntárias, abnegadas, a exemplo de você, que deixou seus importantes afazeres e se deslocou até Caruaru para divulgar o Espiritismo. O objetivo é divulgar a Doutrina, pois, segundo Emmanuel, esta é a maior caridade que se pode fazer ao Espiritismo. 
Existem jornais espíritas editados em sua cidade?  
Na verdade não existe um jornal espírita. Editamos um mensário com o nome de “Caruaru Espírita”. Podemos acrescentar que existem dois programas de rádio, sendo um pela Rádio Liberdade AM e outro pela Rádio Jornal do Comércio, AM. 
Como a população de Caruaru vê o Espiritismo? 
De modo respeitoso, como vê as demais religiões. 
Numa cidade de tantas histórias e eventos culturais como a sua, o Espiritismo é buscado pelos habitantes e turistas? 
Pelos turistas não sabemos dizer; contudo, os habitantes nos procuram, isto é, procuram o Espiritismo com entusiasmo. 
Dizem que o tempo nos proporciona aprendizados que consolidam nossas ações. Em seu caso, quais as consolidações pessoais que mais o gratificam? 
Perceber claramente que nossa mensagem atinge o seu objetivo, qual seja, como elucida Allan Kardec, reerguer os ânimos das pessoas que chegam, de certa forma, desesperadas, algumas até com vontade de praticar o suicídio, não o fazendo, devido às mensagens de alto teor que nossa doutrina possui. 
O agreste pernambucano é de uma beleza que encanta. Com certeza a espiritualidade encontra meios e recursos para uma atuação ainda mais efetiva. O que nos diz sobre isto? 
De pleno acordo. Embora Caruaru seja uma grande cidade, ela ainda não é uma cidade grande. Possui 315 mil habitantes. Assim sendo, temos imensa área verde, onde os nossos abnegados mentores espirituais podem encontrar um campo mais fértil para nos intuir à prática do bem. 
O público espírita de Caruaru é frequente às reuniões? 
Sim, e dá gosto verificar que os que já assumiram o Espiritismo frequentam as reuniões com assiduidade.  
Existem cursos e estudos que se oferecem ao grande público? 
Existem. Até onde sabemos, todas as Casas Espíritas da cidade oferecem grupos de estudo, inclusive o já famoso Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE). 
Os espíritas das cidades como Gravatá e Bezerros também são atuantes? Existem instituições espíritas ali e nas cidades próximas de Caruaru? 
Para nossa alegria, tivemos a oportunidade de fazer exposições doutrinárias nessas cidades. Existem Centros Espíritas em todas as cidades limítrofes de Caruaru. 
O mestre Vitalino – ícone mundial da Arte Figurativa –, filho de Caruaru, deixou que legado para o público espírita dessa cidade? 
Expressão muito bem colocada: “Ícone mundial da Arte Figurativa”... Mostra, com seu trabalho artístico, ter aprendido no Além que a arte é algo importante para o ser humano. 
O que o senhor diria para a mocidade espírita como um todo? 
Jovens, não se deixem levar por informações enganosas. Estudem o Espiritismo e tenham a certeza de que não precisam esperar a morte chegar para serem felizes, pois o seu dia-a-dia será uma eterna felicidade. 
Em sua opinião, como atender de forma eficaz as crianças que renascem num mundo tão cheio de conturbações e mudanças como o nosso? 
Ah! Quanto a isso, nosso movimento dispõe de livros e mais livros; mensagens e mais mensagens em que os evangelizadores da infância e juventude têm um acervo maravilhoso. O mais importante, entretanto, acreditamos ser o nosso exemplo, pois é conhecido o princípio de que “as palavras o vento arrasta, mas o exemplo constrói, edifica”. 
A experiência é a chave para um bom comando. O que dizer aos dirigentes espíritas da atualidade? 
A conhecida frase: “Espíritas, amai-vos e instruí-vos”. 
O que fazer para tornar sempre efetivo o movimento espírita daqui e do Brasil como um todo? 
A pergunta agora foi muito profunda, falta-nos capacidade para tanto. 
Agradecemos sua participação e pedimos que nos deixe suas palavras finais. 
Sinceramente, amigo, sou eu que agradeço a honra desta entrevista e só posso encerrar como costumava dizer o grande líder, o maior médium de todos os tempos, Chico Xavier, citando Jesus: “Irmãos, amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Depois que conheci nossa sublime Doutrina, costumo dizer: Como é bom ser espírita!   


 




O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário