Quisera eu ter sido avisado e/ou
ensinado sobre como construir uma família, e de como me conduzir diante as
barreiras do cotidiano. Talvez, eu tivesse tropeçado menos e, hoje não me sentiria com tantas dívidas comunitárias, social e familiar. Tantas
perguntas durante o dia e a noite as
vezes me faço permanecendo inquieto e acabo por não ter um sono reparador.
Já tinha mais de 50 anos quando fui indicado para fazer parte do
quadro de trabalhadores atendentes do Projeto Viva Cidadão. Antes teria que
passar por um tratamento, era realizado por meio de cursos rápidos. No primeiro dia logo
pela manhã a psicóloga condutora do trabalho
disse: que havia uma pessoa que
não ia enquadrar-se naquela equipe e não
gostaria de ter que dispensar ninguém. Eu logo pensei de ela está se referindo para
mim, de fato eu estava com uma cara tão
feia incomodava a todos, eu mesmo pretendia
não ficar naquele local em
convivência com as pessoas ali presentes.
Levando em conta a cultura do serviço público e decadente angustiava-me
em razão da bajulação, das mentiras das hipocrisias e das chantagens.
Na época estava sem lotação,
ninguém queria que eu trabalhasse nas repartições públicas sob suas direções, por
ser um subversivo, cumpridor do meu
dever, assíduo, competente e honesto.
Eu refletir e, em silêncio disse
para mim, que ela me despache, eu vou ver no que vai dar! Chegou a hora da apresentação dos
participantes ela Rosemar a
psicóloga, já havia feito a apresentação
do curso estávamos presentes 28
funcionárias e funcionários. Eu
pedi para ficar por último todos se apresentaram e a maioria mentio, disseram
que estavam ali porque queriam trabalhar
em benefício da comunidade. Chegou a
minha vez e eu disse: de ter sido indicado para trabalhar compondo naquele
quadro e o que me chamou à atenção foi a vantagem, em dinheiro, porque eu já
trabalhava em benefício da comunidade
graciosamente e, entre os que estamos aqui eu sou o único que faz.
Nesse interim percebi que a
psicóloga já me olhava com simpatia. No
segundo turno do primeiro dia ela me perguntou se de fato eu queria trabalhar
mesmo no Projeto Viva Cidadão. Respondi que havia vindo para me submeter a uma
avaliação. Entre os que estávamos
participando eu era o único que participava das discussões dos assuntos de relevâncias públicas e não tinha medo de perguntar ou discordar.
Já estávamos no final do curso, portanto, chegada a hora da psicóloga perguntar
para todos os cursistas, “quem quiser trabalhar no Projeto Viva Cidadão, levante a mão”? Todos levantaram. Eu não levantei e por último disse que havia
ido para uma avaliação, servisse eu queria não servisse não me aborreceria.
O certo é que as regras
estabelecidas conforme o curso já havia demonstrado
ser como eu pensava que deveria ser e com
isso, estava me encantando e dispondo-me
a trabalhar no Projeto.
Enquadrei-me e não abri mão do
meu padrão e da minha conduta e, por tais fatos tive que enfrentar as perseguições
e eu fui fiel ao meu compromisso. Os adversários foram cometendo seus deslizes e sendo mando
embora e, eu mesmo perseguido, só fui
dispensado por necessidade de redução do
quadro, em oportunidade de as equipes
das regionais interiorana serem dispensadas,
Rosário estava inclusa.
No último curso que eu participei
realizado em março de 2003 foi quando eu entendi melhor a mensagem psicológica, quem me transmitiu a informação de forma bem clara foi Laessio, me fez
entender que o mundo nunca se curvaria para ninguém e que
somos nós quem devemos buscar formas de viver bem em uma sociedade com tantas
diversidades de condutas. Esse foi o
primeiro passo positivo para a minha evolução. Após esse período foi que decidimos aplicar
seminários sobre a Arte de Educar filhos e sistematizou-se a Proposta Educação
familiar, divulgamos na sociedade e até o presente não foi possível colocarmos
em prática.
Tempo se passou e, tantas perguntas
sem respostas inquietaram-me. Chegou o
momento de eu dar o segundo passo iniciou com a determinação de eu conhecer
sobre a Doutrina Espírita. Em São Luís
participei de 10 palestras públicas e uma seção de mediunidade no Centro
Espírita Francisco de Assis. Tive acesso aos livros a mim sugeridos e estou
desde essa época dedicado ao estudo da Doutrina Espírita. Sinto-me um espiritista ou espírita e, a cada
dia que se passa, compreendendo melhor sobre
os escritos e acreditando na possibilidade da minha evolução intelectual, Moral
e espiritual
Nenhum comentário:
Postar um comentário