sábado, 17 de março de 2012

“O Espiritismo é luz em nossas vidas”


Por: Elizabeth da Silva Stevenson:
A presidente da Fraternity Spiritist Society fala sobre a
instituição que preside, a qual está comemorando
em março 20 anos de existência
 
Quem tem o prazer de conhecer Elisabeth da Silva Stevenson (foto) reconhece-a facilmente nesta frase. Seu sorriso sincero e sua maneira carinhosa de ser, sempre pronta a auxiliar, refletem bem seu caráter amigo.

Beth, como é conhecida,  nasceu  em  Londrina, no
interior do Paraná (Brasil), e desde cedo, por influência da avó materna, teve algum conhecimento sobre o mundo espiritual, mas foi só em Londres, muitos anos depois, que se encontrou com o Espiritismo, doutrina que ela abraçou com muito carinho e dedicação, demonstrados em tantos anos de trabalho. Como ela mesma ressalta: “Sou imensamente feliz pela oportunidade de ser uma trabalhadora. Trabalhar para Jesus só nos traz alegria no coração”. 
 
Nesta conversa com os nossos leitores Beth fala um pouco de si, mas também nos conta um pouco da história da Fraternity Spiritist Society, da qual é presidente.

Onde você mora atualmente? 

Londres, Inglaterra.

Por que você se mudou para a Inglaterra?

Estou em Londres desde 1990. Em princípio, não imaginei fixar residência aqui, mas tudo já estava na minha programação de vida.

Qual a sua formação escolar?  

Secretariado e professora.

Que funções você já exerceu no movimento espírita?  

Na Casa Espírita, cuidei por vários anos da Biblioteca e trabalhei também como médium passista. No movimento espírita da Inglaterra, exerci a função de Conselheira da nossa Federação, a BUSS - British Union of Spiritist Societies.

Atualmente qual é sua função? 

Presidente da Fraternity Spiritist Society, instituição espírita situada em Londres. 

Quando você teve o seu primeiro contacto com o Espiritismo? 
Minha avó materna era médium e, quando criança, fui com ela algumas vezes ao Centro Espírita em que trabalhava, tendo visitado também o Lar Infantil Marília Barbosa, dirigido pelo casal Dulce e Hugo Gonçalves, mas somente como acompanhante. 

Houve algum fato ou circunstância especial que haja propiciado sua integração ao movimento espírita? 

Em 1994, já em Londres, ganhei o livro “Evolução para o Terceiro Milênio”, de Carlos Toledo Rizzini. Graças a esse livro, durante três anos fui montando minha biblioteca de livros espíritas, seguindo a lista contida na bibliografia do livro. Foi somente por volta de 1997 que comecei a frequentar a Fraternity.

Qual foi a reação de sua família?  

Somos 13 irmãos de formação católica, os quais, depois, enveredaram para outras religiões. Assim, em nossa família temos católicos, luteranos, mórmons, metodistas e evangélicos. Eu sou a única espírita. 
Dos três aspectos do Espiritismo - ciência, filosofia, religião - qual o que mais a atrai? 

O Espiritismo, a princípio, me pegou pela parte científica; hoje, sem dúvida, inclino-me para a parte religiosa da doutrina. 

Você pode citar um livro espírita que seja para você inesquecível? Por quê? 
É muito difícil escolher “um” dentre tantos livros maravilhosos, mas digo que “Boa Nova”, de Humberto de Campos/Francisco C. Xavier, é uma obra especial, sobretudo quando sentimos saudades de Jesus.

Como presidente da Fraternity há 3 anos, você pode nos falar um pouco sobre a experiência de coordenar uma casa espírita?  

A Fraternity foi minha primeira Casa, e desde o primeiro dia já fui motivada a trabalhar com alegria. Nós, os espíritas que moramos no Reino Unido, enfrentamos muitas dificuldades. Uma delas é o espaço físico, porque os grupos espíritas alugam um horário na semana para as reuniões. A outra diz respeito a contar com trabalhadores com disponibilidade. Se não fosse a dedicação de vários membros que há anos estão ali, não teríamos chegado aonde estamos. Graças a Deus, contamos com a paciência e o amparo da espiritualidade.

A Fraternity completou 20 anos no início de março. Conte-nos um pouco sobre a fundação e a história dessa instituição. 

A Fraternity Spiritist Society foi fundada em 1º de março de 1992 por Kleber Celadon e Lily Celadon, sendo o primeiro Grupo bilíngue, isto é, que adota os idiomas inglês e português em suas reuniões, e o primeiro a abrir as portas para os brasileiros espíritas e iniciantes. Alcançando um grande número de frequentadores, seus trabalhadores foram, mais tarde, abrindo outros grupos: Solidarity Spiritist Group, Sir William Crookes Spiritist Society, Pathway to Light, Spiritist Psychological Society. 
                                                        
O movimento espírita inglês foi, desde então, expandindo-se cada vez mais, o que não ocorreria se não houvesse sido dada abertura para os brasileiros, pois somos nós, brasileiros, que estamos sedimentando o campo, privilegiados que somos com a vasta literatura espírita publicada no idioma português, que aos poucos vem sendo traduzida para outros idiomas.

O processo de transformar o Grupo em Charity (1) foi demorado, mas foi uma conquista muito importante. Você pode nos explicar o que isso significa para a Fraternity? 

Ser oficialmente reconhecido pelas leis britânicas como uma Instituição Espírita é uma grande conquista para o movimento espírita e para nós da Fraternity. Lembro, porém, que nossa responsabilidade também é muito maior agora, para com a Doutrina e para com as leis da Inglaterra. Temos que ter todos os registros de uma instituição pública sem fins lucrativos, ter os relatórios de tesouraria disponíveis para quem quiser checar nossas contas e, principalmente, prestar serviços que beneficiem a sociedade, de acordo com os postulados da Doutrina Espírita.

Para celebrar os 20 anos da Fraternity, qual é a programação prevista? 

Tivemos nos dias 4 e 11 de março a presença do confrade Haroldo Dutra Dias, do Brasil, que veio pela primeira vez ao Reino Unido e ministrou, em nossa casa, dois seminários: “Parábolas de Jesus” e “Apocalipse - Mito e Verdades”, ambos com tradução para o idioma inglês. Receberemos depois Gorete Newton, da Suíça, que falará no dia 18 de março sobre o tema “Sofrer ou Ser Feliz? Posso Escolher?”, e no dia 25 de março, encerrando o mês, o confrade Charles Kempf, da França, vai proferir palestra sobre o tema “Drogas, Jovens e Álcool – Desafios e Possibilidades”. 
 
A programação completa pode ser vista em nossa página na internet. Eis o link: http://www.fraternityspiritistsociety.org.uk/#/language/4558225847 
 
(1) Charity é, na Inglaterra, como são conhecidas organizações do tipo da Fraternity, as quais, a partir do seu registro, passam a ser oficialmente reconhecidas pelas autoridades inglesas.
Fonte: em inteiro teorO Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita




 





 

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