Luiz Carlos Formiga |
Suicídio e aborto
de anencéfalos |
Os anencéfalos
necessitam viver no
corpo, mesmo que a
fatalidade da morte após
o renascimento
reconduza-os ao mundo espiritual
reconduza-os ao mundo espiritual
Com tristeza recebemos do Supremo Tribunal (STF), na decisão sobre anencefalia, o placar de 8 a 2. Embora o Brasil tenha hoje um expressivo número de espíritas, ainda não somos capazes de influenciar e ajudar ministros.
O que liga o
comportamento suicida ao
aborto de anencéfalos?
São dois temas que não
eram muito discutidos
nas Casas Espíritas,
embora encontrássemos
nelas cartazes da FEB,
incluindo a eutanásia e
as drogas.
O que liga o aborto de
anencéfalos aos
suicídios são os casos
de suicídio cometidos a
partir de altos
edifícios, em prédios
como o da Universidade
do Estado do Rio de
Janeiro – UERJ. (1,2)
Através da mediunidade
recebemos informações
que nos ajudam a
refletir. Na noite de 11
de abril de 2012, quando
o Supremo Tribunal
estudava a questão do
aborto do anencéfalo, o
Espírito Joanna de
Ângelis (1) nos recorda
que: “nada no universo
ocorre como fenômeno
caótico, resultado de
alguma desordem que nele
predomine. O que parece
casual, destrutivo, é
sempre efeito de uma
programação
transcendente, que
objetiva a ordem, a
harmonia. De igual
maneira, nos destinos
humanos sempre vige a
Lei de Causa e Efeito,
como responsável
legítima por todas as
ocorrências, por mais
diversificadas
apresentem-se”.
Joanna comenta a
deserção do ser
revoltado diante de
problemáticas que
parecem não ter solução,
explicando que
“desequipado de
conteúdos superiores que
proporcionam a
autoconfiança, o
otimismo, a esperança,
essa revolta, estimulada
pelo primarismo que
ainda jaz no ser,
trabalhando em favor do
egoísmo, sempre
transfere a
responsabilidade dos
sofrimentos, dos
insucessos momentâneos
aos outros, às
circunstâncias ditas
aziagas, que considera
injustas e, dominado
pelo desespero, foge
através de mecanismos
derrotistas e infelizes
que mais o degradam,
entre os quais o nefando
suicídio”. Na “imensa
gama de instrumentos
utilizados para o
autocídio, o que é
praticado mediante
quedas espetaculares de
edifícios desarticula o
cérebro físico e
praticamente o
aniquila…”.
Interromper o
desenvolvimento do feto
no útero
materno é crime hediondo em relação à vida
materno é crime hediondo em relação à vida
No dia 12 de agosto de
2011, estivemos num
simpósio na UERJ (2).
Quando lá chegamos
observamos a comunicação
visual, no hall dos
elevadores, unindo
arquitetura e prevenção.
“Torre Eiffel. 370
pessoas se suicidaram de
1898 até 1971. Foram
colocadas grades
protetoras.”
“Reichstag (Berlim). Novas barreiras de segurança e aumento do efetivo policial para evitar os frequentes suicídios que ocorrem da sua cúpula.”
“Reichstag (Berlim). Novas barreiras de segurança e aumento do efetivo policial para evitar os frequentes suicídios que ocorrem da sua cúpula.”
“Não ficariam aí, porém,
os danos perpetrados,
alcançando os delicados
tecidos do corpo
perispiritual, que se
encarregará de compor os
futuros aparelhos
materiais para o
prosseguimento da
jornada de evolução. É
inevitável o
renascimento daquele que
assim buscou a extinção
da vida, portando
degenerescências físicas
e mentais,
particularmente a
anencefalia.” (1)
Joanna de Ângelis
assevera: “muitos desses
assim considerados
(anencéfalos), no
entanto, não são
totalmente destituídos
do órgão cerebral. Há,
desse modo, anencéfalos
e anencéfalos”.
Por causa do erro médico, o Conselho Federal de Medicina criou uma comissão especial para normatizar o diagnóstico de fetos anencéfalos. O grupo tem dois meses para estabelecer os critérios. (3)
Por causa do erro médico, o Conselho Federal de Medicina criou uma comissão especial para normatizar o diagnóstico de fetos anencéfalos. O grupo tem dois meses para estabelecer os critérios. (3)
Além disso, o Brasil
contará com mais 30
hospitais para atender à
demanda. (4)
Por outro lado, mesmo os
verdadeiros anencéfalos,
diz Joanna de Ângelis,
“necessitam viver no
corpo, mesmo que a
fatalidade da morte após
o renascimento
reconduza-os ao mundo
espiritual.
Interromper-lhes o
desenvolvimento no útero
materno é crime hediondo
em relação à vida. Têm
vida sim, embora em
padrões diferentes dos
considerados normais
pelo conhecimento
genético atual…
Não se trata de coisas
conduzidas interiormente
pela mulher, mas de
filhos, que não puderam
concluir a formação
orgânica total, pois que
são resultado da
concepção, da união do
espermatozoide com o
óvulo.
Poderíamos dizer que, na
política do aborto, o
que se
deseja é “desumanizar” o embrião
deseja é “desumanizar” o embrião
Sucede, porém, que a
genitora igualmente não
é vítima de injustiça
divina ou da espúria Lei
do Acaso, pois que foi
corresponsável pelo
suicídio daquele
Espírito que agora a
busca para juntos
conseguirem o inadiável
processo de reparação do
crime, de recuperação da
paz e do equilíbrio
antes destruído.
Quando as legislações
desvairam e descriminam
o aborto do anencéfalo,
facilitando a sua
aplicação, a sociedade
caminha, a passos
largos, para a
legitimação de todas as
formas cruéis de
abortamento.
Essa foi também uma das
preocupações do ministro
Lewandowski: “abriria
portas para a
interrupção da gravidez
de inúmeros embriões”
(5) e torna válida a questão
que fizemos
anteriormente: e depois
dos anencéfalos? (6)
Joanna adverte-nos: “… e
quando a humanidade mata
o feto, prepara-se para
outros hediondos crimes
que a cultura, a ética e
a civilização já
deveriam haver eliminado
no vasto processo de
crescimento
intelecto-moral. Todos
os recentes governos
ditatoriais e
arbitrários iniciaram as
suas dominações
extravagantes e
terríveis, tornando o
aborto legal e
culminando, na sucessão
do tempo, com os campos
de extermínio de vidas
sob o açodar dos
mórbidos preconceitos de
raça, de etnia, de
religião, de política,
de sociedade…
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável”.
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável”.
Poderíamos dizer que, na
política do aborto, o
que se deseja é
“desumanizar” o embrião.
(7)
Joanna apela: “compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se. Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias? Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia”.
Joanna apela: “compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se. Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias? Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia”.
A dependência química é
capaz de, por si só,
desestruturar o modelo organizador biológico
desestruturar o modelo organizador biológico
Toda criança anencéfala
é um Espírito
reencarnado? (8)
Em “O Cirurgião e a
Doença da Negação” (9)
comentamos a dificuldade
do médico diante do
alcoolismo e dissemos
que o final poderia ser
diferente. Conta ele que
tinha mania de arma, fez
tiro ao alvo. Um dia o
filho tirou tudo de
casa, porque ele estava
com a intenção de dar um
tiro na cabeça. A
dependência química, não
só pelo álcool, é também
capaz de, por si só,
desestruturar o modelo
organizador biológico e
por isso levar a quadros
que, sem o devido
critério, poderiam, à
primeira vista, ser
diagnosticados como
anencefalia. Imagine
isso agravado pelo tiro
no crânio. Joanna
comenta que o autocídio
por arma de fogo oferece
os mesmos efeitos das
quedas espetaculares dos
edifícios ou de abismos.
Depois desta decisão do STF, creio que deveremos adotar uma “caderneta de preces especiais”, como aquela de Divaldo P. Franco, onde ele colocou “o suicida do trem”. (10)
Depois desta decisão do STF, creio que deveremos adotar uma “caderneta de preces especiais”, como aquela de Divaldo P. Franco, onde ele colocou “o suicida do trem”. (10)
Fontes:
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