As
manifestações pelo Brasil trouxeram à tona uma série de demandas
antigas da população brasileira. Uma delas é a reivindicação por mais
verbas na educação. A falta de recursos pode ser um problema, mas nem de
longe é o que deveria ser combatido emergencialmente. Aqui vão algumas
considerações sobre o caso.
Cena do filme Detachment. A produção mostra a “educação” por um ponto de vista que vai abalar suas esperanças.
Nosso sistema educacional abdicou da obrigação de ensinar as disciplinas e se transformou em um grande “baguncismo”.
Ensinar matemática e português se tornou algo secundário. temos que
“formar cidadãos”. Boa parte dos educadores tem convicção de que uma
criança que saiba bem as disciplinas fundamentais é vítima da tal da
“decoreba”. O que vale mesmo é a formação dos “cidadãos”. Ninguém mais
parece se importar com o simples domínio das teorias e técnicas. Basta
ver nossas universidades para tirar essa triste conclusão.
Nossas
universidades não possuem função social faz muito tempo. De que serve
um curso de direito em uma universidade pública em um país em que o
número de advogados é quase tão grande quanto os grãos de areia da
praia? Enquanto isso, cursos como história, geografia e letras vão se
tornando “marginais” dentro a universidade.
Nossas
universidades não formam professores capacitados. Fiz licenciatura e
afirmo aqui sem pudor nenhum: a preocupação com a qualidade do ensino
que os alunos (futuros professores) irão dar passa é longe das
universidades. Disciplinas como Didática são odiadas e o resto dos
professores faz questão de alimentar esse ódio. E o que mais se vê em
universidade pública é professor vagabundo tentando “politizar” a
rapaziada.
Nossas
universidades não conseguem sequer atender às exigências do mercado.
Para se abrir um simples curso de engenharia demora-se anos, talvez até
décadas.E na universidade se cultua um preconceito imbecil contra as
exatas. Dizem que o pessoal que se dedica muito aos números é alienado.
Santo Deus! Perceba a ironia em se ouvir um professor fracassado dizendo
isso em sala de aula? E, pior ainda, pense em um aluno de algum curso
de humanas pregando isso pelos corredores… É o fim do mundo mesmo.
Outra
falácia é essa conversa fiada de que tudo depende de aumento de salário
de professor, do aumento de equipamento e qualidade do mobiliário
escolar. Amigo, podemos equiparar salário de professor ao de juiz. Se a
grande maioria deles continuar sendo o que é, não IRÁ ADIANTAR NADA.
Será a mesma coisa que pegar o seu Joaquim que conserta chevette lá na
baixa da égua, aumentar seu salário e colocá-lo para ser mecânico de
Ferrari na F1.
Sou
uma pessoa que critica muito quem apenas critica o sistema e esquece de
criticar as pessoas, isso é fato. Contudo, quando se trata de educação
no Brasil o problema é TUDO.
Nesse
país uma grande parte dos educadores defende a tese maluca de que
educação sexual tem o mesmo peso de matemática e português no ensino
fundamental. Tem professor ordinário que acha que estará sendo mais
eficiente divagando sobre “senso crítico” (como se isso fosse algo que
pudesse ser ensinado por uma única pessoa) do que em mostrar conteúdo.
A
cada dia que passa os “seminários” e os “filmes” ficam mais comuns em
sala de aula. E eu não preciso falar aqui que tipo de professor gosta de
passar filme e seminário todo dia, né? Olhem só a loucura, até mesmo a
meritocracia foi banida de nossas salas de aula. E aqui nem adianta
tentar separar ensino público de ensino privado, tudo caminha rumo ao
colapso. Todos seguem os padrões do MEC.
E tem gente que acha que nosso problema se resolverá com o simples aumento de verbas…
COMENTÁRIO DE REINALDO CANTANHÊDE LIMA:
Sem contestar o autor desta matéria. Entretanto dizer que, no Brasil e talvez no mundo, seja necessário inclusive uma reforma no agir, quer me parecer que o autor tenha se manifestado sobre a transmissão de conhecimentos em que as instituições até o presente não foram capazes de fazer minimamente a contento. A escola é uma indutora da ilegalidade e da imoralidade, imagine uma pessoa nomeada agente público dizer para uma criança que é sua tia! Essa professora está induzindo uma criança a viver em mundo de mentiras, de ilegalidades ela a professora pode ser a melhor amiga da criança e, é. Não é parenta! Prezado autor desta peça, sou defensor de que seja de extrema necessidade aprendermos sobre ter vergonha, ter caráter, entender do que é legal, do que ser ético! O currículo oficial do governo é uma enganação precisamos buscar a evolução intelectual e moral para iniciarmos uma evolução espiritual.
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