A vida é
processo de crescimento
da alma ao encontro
da Divina Grandeza
da Divina Grandeza
“(...) Se alguém diz ‘eu
amo a Deus’, e não ama
seu irmão, é mentiroso.
Pois quem não ama seu
irmão, ao qual viu, como
pode amar a Deus, que
não viu?”.
(I João, 4:20.)
Hoje veio-nos à mente a sublimidade e o amor de Deus por todos os Seus filhos e ficamos pensando que entre o berço e o túmulo, entre o nascer e o morrer, tantas vezes quantas forem necessárias, nessas inúmeras vindas e idas, na conquista da evolução espiritual, tudo isso acontece para nos tornarmos pessoas cada vez melhores. Somos, portanto, abençoados com recursos que nos facilitam o caminhar no tempo, viajantes que somos na eternidade da Vida... E não podemos desperdiçar esses benefícios, ao contrário, necessitamos colocá-los a nosso serviço e a serviço de todos aqueles que nos acompanham na caminhada evolutiva.
O Pai, em Sua infinita
misericórdia,
concede-nos o tempo, o
conhecimento e as
oportunidades para que
tenhamos mais segurança
nesse processo. Todavia,
não fornece tão-somente
os instrumentos;
mostra-nos, também, o
caminho através do
ensinamento de Jesus, de
que devemos amar ao
próximo como a nós
mesmos, de fazer aos
outros aquilo que
gostaríamos que nos
fizessem. Eis aí a
expressão mais completa
da caridade, porque ela
resume todos os deveres
para com o próximo. E
não se pode ter, neste
caso, guia mais seguro
do que, tomando como
medida do que se deve
fazer aos outros, o que
se deseja para si mesmo.
Quando Jesus convida a
todos nós à prática da
caridade, não deixa
nenhuma dúvida ou
indecisão a respeito do
que pretendia. Ensinava
o amor aos discípulos, e
esse ensinamento ainda
ressoa em nossos
ouvidos, porque, diante
de uma situação que
exige tomada de posição,
sabemos o que fazer,
ainda que não tenhamos
consciência disso. As
eternas palavras do
Mestre Jesus estão
gravadas em nosso
coração. Então, não
basta dizer onde está o
Cristo, onde estão Suas
palavras; é
indispensável mostrá-lo
na Sua própria
exemplificação. Quantos
de nós, na busca do
Mestre, percorremos
templos e altares,
mudando de crenças,
imaginando que
percorrendo outro
caminho, O
encontraremos;
entretanto, um pouco
mais adiante, percebemos
que mudamos apenas o
trajeto e não a
perturbação que toma
conta do nosso ser, como
também não encontramos
alívio na angústia da
procura.
A vida é processo de
crescimento da alma ao
encontro da Divina
Grandeza, diz Emmanuel.
É importante, por isso,
aproveitarmos as lutas e
as dificuldades do
caminho para nos
expandirmos, dilatando
nosso círculo de
relações e de ações.
Prossegue o estimado
benfeitor espiritual,
lembrando que as
oportunidades para
construção do bem
procedem de Deus; mas o
aproveitamento está em
nós.
Temos urgência em
aprender para podermos
esclarecer aqueles que
ainda estão mergulhados
na ignorância da luz;
necessitamos entesourar
bens morais, tesouros
perenes para melhor
ajudar aqueles que nos
procuram o coração
amoroso; é
imprescindível
crescermos em
entendimento para
proteger a quem
necessita e, sobretudo,
educarmos os nossos
sentimentos para sermos
servidores mais
conscientes e mais úteis
na Seara do Senhor.
As bênçãos recebidas
precisam e devem ser
compartilhadas,
espalhadas para iluminar
o caminho dos que estão
ao nosso redor e dos que
nos seguem os passos.
Somos responsáveis pelos
que nos acompanham, e
será através dos nossos
exemplos que cumpriremos
as tarefas às quais
fomos chamados a
executar.
Todos os pedidos que
fazemos ao Alto são
válidos, mas é na
prática do “amar a
Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como
a si mesmo” que nos
elevaremos e teremos
condição de nos tornar
pessoas melhores, mais
fraternas e mais
felizes.
O discípulo sincero sabe
que dizer é fácil, mas
que é difícil revelar os
propósitos de Jesus.
Sabe que é preciso fazer
antes de ensinar ou de
falar. E para ensinar ou
garantir a nossa crença
no divino Amigo, é
fundamental alcançarmos
a essência dos Seus
ensinamentos, examinando
o seu conteúdo e, a
partir daí, colocá-los
em prática no esforço
diário na busca da
elevação espiritual.
E que essência é essa? É
sermos compreensivos –
já que temos algum
conhecimento desses
ensinamentos – com
aqueles que ainda os
ignoram; vigilantes e
pacientes, serenos e
bondosos com os
enfermiços de todos os
quilates, estejam eles
entre nossos familiares,
amigos, companheiros de
trabalho ou,
simplesmente, aqueles
que nos cruzam o
caminho. Em síntese, o
exercício da caridade
para com todos, buscando
o amor fraterno,
espontâneo, ardente e
puro.
Entretanto, muitos de
nós demoramos no
problema sem encontrar a
solução.
O que fazer, então? Onde
está o Cristo? Emmanuel
recorda-nos que é
necessário buscá-lo no
santuário interior. É
necessário que,
individualmente, ouçamos
o aviso do apóstolo João
e nos enchamos de
ardente caridade, uns
com os outros.
Muitas vezes, não
entendemos ainda a
caridade, a não ser
aquela que distribui ou
reparte algum pão aos
desfavorecidos da sorte,
através de recursos
monetários, ou ainda que
aguarda as grandes
catástrofes para fazer o
bem. Quantos de nós, em
verdade, só nos
movimentamos quando
estimulados pelas
campanhas publicitárias
através da mídia?
Evidentemente, não
podemos discutir as
intenções louváveis
daqueles que ainda assim
agem, mas é preciso que
entendamos que a dádiva
da caridade precisa ser
tão extensa quanto sua
sublimidade.
O apóstolo Paulo de
Tarso indica-nos que a
“a caridade,
expressando amor
cristão, deve abranger
todas as manifestações
de nossa vida”.
Dessa maneira, estender
a mão e distribuir
reconforto é apenas o
início da execução dessa
tarefa interior.
Todas as potências do
Espírito devem estar
presentes nesse
processo, porque existe
caridade, também, no
falar com doçura e
espírito fraterno; no
ouvir com atenção aquele
que nos fala, para que
ele sinta que suas
palavras são importantes
para nós; há caridade no
impedir com
tranquilidade e
equilíbrio que alguma
mente desavisada escolha
caminhos tortuosos, às
vezes de difícil
retorno; no favorecer
toda iniciativa de
trabalho evolutivo, não
importa quem seja –
amigo ou desafeto; há
caridade no esquecer a
ofensa recebida para não
perturbar e desarmonizar
nossa saúde física e
mental; e no recordar,
sempre, que não estamos
sozinhos no trabalho com
Jesus.
Meus irmãos, procuremos
o Mestre dentro de nós,
realizando o serviço a
que fomos chamados a
executar, por mais
humilde nos pareça, pois
não importa, em verdade,
qual atividade cada um
de nós exerce nessa
existência redentora. Em
qualquer uma, poderemos
fazer o que o Cristo nos
ensinou. E mesmo que não
nos entendam a
caminhada, Deus nos
acompanha o devotamento
o tempo todo.
Necessário se faz que
tenhamos gravado em
nossos corações o
chamamento do Meigo Rabi
da Galileia, para que,
ao pronunciarmos Seu
nome, não nos esqueçamos
de atender a Sua
recomendação de nos
amarmos uns aos outros
como Ele nos ama.
O texto: Por Leda Flaborea, encaminhado por meio de Email.
Bibliografia:
EMMANUEL (Espírito);
Pão Nosso –
[psicografado por] F. C.
Xavier – 17ª ed. – FEB –
Rio de Janeiro/RJ –
lições 31 e 99.
Caminho
Verdade e Vida;
[psicografado por] F. C.
Xavier – 17ª ed. - FEB –
Rio de Janeiro/RJ –
lição 19.
Fonte
Viva; [psicografado
por] F. C. Xavier – 31ª
ed. - FEB – Rio de
Janeiro/RJ – 2005, lição
122.
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