terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quem financiou os prefeitos eleitos no 2º turno

Quem financiou os prefeitos eleitos no 2º turno

Com patrimônio de mais de R$ 116 milhões, prefeito eleito de Cuiabá tirou R$ 6 milhões do bolso para custear a própria campanha. Veja quem financiou os 17 prefeitos de capital eleitos em segundo turno em todo o país
Tchélo Figueiredo/Divulgação
Mauro Mendes foi o prefeito eleito de capital que mais tirou dinheiro do próprio bolso para financiar a campanha

Dono de um patrimônio declarado de R$ 116,8 milhões, o prefeito eleito de Cuiabá, o empresário Mauro Mendes (PSB), destinou R$ 6 milhões à própria candidatura, vitoriosa no segundo turno. Foi a maior autodoação registrada  nas eleições municipais de 2012. Mauro ainda recebeu R$1,24 milhão de seu sócio, Valdinei Mauro de Souza. Essa foi a maior contribuição dada por pessoa física a um dos candidatos eleitos no dia 28 de outubro. Entre as contribuições de pessoas jurídicas, a Paquetá Calçados, do Ceará, foi a que fez o maior repasse a um único candidato, R$ 1,33 milhão ao prefeito eleito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB). Em seguida, aparecem doações de R$ 1 milhão da OAS e do Itaú Unibanco ao prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Dados como esses fazem parte da prestação de contas entregues à Justiça eleitoral, até o último dia 25, pelos candidatos que disputaram o segundo turno das eleições municipais.
 O Congresso em Foco publica, a seguir, a relação dos financiadores eleitorais dos 17 prefeitos de capital eleitos no segundo turno, a exemplo do que já fez com os dados declarados pelos nove prefeitos que saíram vitoriosos já no primeiro turno. Empreiteiras, bancos e indústrias estão entre os principais doadores. Pelo menos entre aqueles passíveis de identificação. Explica-se: de cada R$ 100 doados aos 26 prefeitos eleitos nas capitais, R$ 75 tiveram origem oculta. Dos R$ 136,9 milhões declarados pelos prefeitos eleitos em segundo turno, apenas R$ 35 milhões tiveram origem clara. Os demais R$ 101,9 milhões foram repassados por empresas aos diretórios partidários e comitês financeiros, responsáveis pela entrega do dinheiro ao candidato.

Clique nos links abaixo para saber:
Quem bancou a eleição de Fernando Haddad em São Paulo
Quem bancou a campanha de ACM Neto em Salvador

Quem bancou a campanha de Roberto Cláudio em Fortaleza
Quem bancou a campanha de Mauro Mendes em Cuiabá
Quem bancou a campanha de Arthur Neto em Manaus
Quem bancou a campanha de Gustavo Fruet em Curitiba
Quem bancou a campanha de Cesar Souza em Florianópolis

Quem bancou a campanha de Firmino em Teresina

Quem bancou a campanha de Carlos Eduardo em Natal
Quem bancou a campanha de Luciano Cartaxo em João Pessoa
Quem bancou a campanha de Edivaldo Holanda em São Luís
Quem bancou a campanha de Zenaldo Coutinho em Belém
Quem bancou a campanha de Luciano Rezende em Vitória

Quem bancou a campanha de Alcides Bernal em Campo Grande
Quem bancou a campanha de Nazif em Porto Velho

Quem bancou a campanha de Clécio em Macapá

Quem bancou a campanha de Marcus Alexandre em Rio Branco

Maioria oculta
Como mostrou este site ontem (2), dos R$ 212,5 milhões que os vitoriosos informaram à Justiça eleitoral ter recebido, apenas R$ 53,6 milhões tiveram a origem plenamente revelada. Ou seja, R$ 158,9 milhões foram transferidos pelos comitês financeiros ou diretórios partidários – as chamadas doações ocultas. Os valores representam a soma dos recursos declarados pelos nove eleitos em primeiro turno, cujas prestações de conta foram divulgadas ainda no começo do mês, e pelos 17 vitoriosos em segundo turno, cujos dados foram publicados esta semana na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet. Nos dois casos, o percentual de doações ocultas foi o mesmo: 75%.

Eleitos receberam R$ 158 milhões em doações ocultas
Clique aqui para ver quanto os eleitos em 2º turno receberam
Veja quanto os 26 prefeitos de capital arrecadaram

O expediente tem sido utilizado por empresas e pessoas físicas que não querem ter seu nome diretamente vinculado a políticos. Essas doações são chamadas de ocultas porque, apesar de os diretórios partidários e os comitês financeiros serem obrigados a informar de quem receberam, não é possível rastrear com precisão a origem do dinheiro. É que a arrecadação é pulverizada entre diversos candidatos da chapa ou da legenda.

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