segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ivanova, Carol Bowman e as vidas sucessivas


A doutrina da reencarnação, que é um dos princípios fundamentais da doutrina espírita, não se fundamenta em dogma ou decisão tomada por autoridades religiosas. Trata-se de uma lei e como tal ninguém a ela poderá escapar, acredite ou não nisso.

À medida que os anos passam, fatos novos, muitas vezes ocorridos em ambientes que nada têm que ver com o Espiritismo, têm fortalecido a convicção dos espíritas e de todos os que admitem que não nos encontramos aqui na Terra pela primeira vez, mas, ao contrário, nossas vivências neste plano de vida são múltiplas e  - pode-se dizer -  incontáveis.
Faz 22 anos, recebemos em Londrina a visita de Barbara Ivanova, um nome respeitado mundialmente no campo das pesquisas psicobiofísicas, que falou a um público numeroso no Cine Teatro Ouro Verde.

Um dos assuntos da conferência foi exatamente a reencarnação. Ivanova mencionou então vários casos de crianças que se recordavam de vidas passadas, fato que sugere a existência de uma memória extracerebral, que fora até então objeto de estudo de vários pesquisadores de renome mundial, como o indiano Banerjee e o americano Ian Stevenson.
 
Posteriormente à conferência, ela concedeu entrevista coletiva numa sala do Hotel Bourbon. Uma das perguntas versou sobre o tema reencarnação. Alguém lhe perguntou quais eram os métodos em que ela se baseava para dizer que a reencarnação estava cientificamente comprovada. Em sua resposta, ela disse que toda a comunidade científica sabia disso, referindo-se certamente a seus colegas russos, e explicou, em seguida, que os métodos científicos adotados para comprovar a reencarnação são, entre outros, a comunicação com os Espíritos por meio da mediunidade, a regressão de memória e a chamada memória extracerebral.

É bom lembrar que Barbara Ivanova nasceu em 1917 em Moscou, capital da Rússia, na mesma época em que eclodiu em seu país a revolução que conduziu Lênin ao poder e, por consequência, determinou o fechamento de todas as igrejas e a eleição do materialismo dialético como filosofia de governo. A reportagem sobre a conferência de Barbara Ivanova pode ser vista clicando neste link: http://www.oconsolador.com.br/ano4/163/especial2.html
Trinta e três anos depois do nascimento de Barbara Ivanova, nasceu nos Estados Unidos Carol Bowman, que levava uma vida comum, cuidando de seus dois filhos, até que algo muito estranho acontecesse. Durante a comemoração do feriado de 4 de julho, seu filho caçula, Chase, que sofria de fobia a barulho muito alto, ficou em pânico com as explosões da queima dos fogos de artifício. Como se estivesse em transe, o menino começou a narrar sua morte violenta durante a guerra civil americana, na qual dizia ele ter sido um soldado negro. Chase contou todo o desespero da guerra com uma riqueza de detalhes de que só um historiador seria capaz. Após esse acontecimento, a fobia do menino desapareceu magicamente. 
 
A partir desse dia, a vida de Carol Bowman mudou radicalmente. Procurando compreender o fenômeno que seu filho relatara, ela começou a pesquisar incessantemente sobre experiências semelhantes, mas não encontrou nada que a satisfizesse. Então, passou a procurar pessoas que tivessem vivido alguma experiência similar e logo reuniu um vasto material que lhe permitiu escrever um livro sobre o tema vidas passadas. E assim o fez. Lançado nos Estados Unidos, o livro Children's Past Lives (Bantam, 1997), publicado no Brasil pela editora Sextante, foi editado também na Inglaterra, Austrália, Holanda, Alemanha e China.

Judia, Carol Bowman disse em entrevista ao nosso confrade José Lucas que não lhe foi difícil compatibilizar sua crença religiosa com a admissão da reencarnação, mesmo porque entre os judeus alguns acreditam na doutrina das vidas sucessivas, que, por sinal, é ensinada na Cabala. A entrevista a que nos referimos é um dos destaques da presente edição.

Um dos casos relativamente à chamada memória extracerebral em que Carol Bowman esteve envolvida diz respeito ao retorno à existência corpórea de um piloto de caça americano abatido por ocasião da 2ª Guerra Mundial, um caso bastante expressivo e fartamente documentado que o leitor pode ver clicando neste link: http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br

Fonte: O Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita

Nenhum comentário:

Postar um comentário