segunda-feira, 10 de março de 2014

CAMINHO PARA UM MUNDO MELHOR



Caminho Para um Mundo Melhor

Conta-nos Mário Tamassia um episódio ocorrido nos EUA, onde, certa vez, um homem magro, barba por fazer, roupa rasgada, era a própria imagem da miséria. Ele havia sido pego roubando pão de uma panificadora de grande movimento. No seu julgamento, o juiz era o prefeito de Nova Iorque, senhor La Guardia, que costumava sentenciar casos simples de polícia, porém com decisões sempre originais.
La Guardia interrogou o ladrão, consultou as testemunhas, expôs várias considerações e acabou por condenar o ladrão, aplicando-lhe a multa de cinquenta dólares. A alternativa era a prisão. Virando-se para a multidão que assistia ao julgamento, disse peremptório: "quanto a vocês presentes, todos estão condenados a pagar meio dólar cada um para resgatar o débito deste ladrão de pão, para restituir-lhe a liberdade", e, por fim, justificou seu ato: "Vocês estão condenados a pagar a multa por viverem em uma sociedade onde um homem é obrigado a roubar pão para matar a própria fome!”
Concordamos com o prefeito nova-iorquino, isto porque indubitavelmente somos todos partícipes de tudo o que ocorre na sociedade, ainda que indiretamente!
Eleanor Ritchey, uma americana milionária do petróleo, tinha um desejo estúpido: fez um testamento pelo qual deixou uma herança de doze milhões de dólares para os seus cães. E por falar de insensibilidade para com o semelhante, conhecemos outro caso de uma outra excêntrica milionária que, por seu último desejo, foi enterrada no seu Rolls-Royce folheado a ouro e seu mausoléu custou mais de 1 milhão de dólares.
É claro que uma alma sensível fica indignada com tamanha estupidez, considerando-se que no mundo de hoje morrem de fome trinta crianças por minuto, segundo dados da Confederação Internacional de Fomento Agrícola, órgão da ONU.
 Temos na lembrança uma palestra proferida por Divaldo Franco quando ele declara o seguinte: "Por esse trabalho (assistencial) que os espíritas realizam no Brasil, atendendo aos pobres, muita gente me diz: Em meu país não há campo para esse trabalho – e eu descubro que não há campo porque são míopes, porque em todos os países onde estive – talvez eu tenha um aparelho de radar para detectar a miséria – vi miseráveis econômicos (...) Quem tenha dúvidas que dê um salto a Manhattan, na 5ª Avenida - a avenida mais importante do mundo - e a duas quadras dali observe a miséria do West Side: a miséria econômica, crianças devoradas por ratos, mulheres vendendo a alma para comer, para viver. Em Londres fomos tomar o metrô na periferia da cidade e o número de miseráveis na estação é enorme.
"Perto de Paris há uma cidadezinha onde faltam inclusive eletricidade, saneamento, com miséria tremenda e o índice mais alto de mortalidade infantil da Europa. São tantos quistos da miséria econômica no Velho Mundo que a Dra. Terezinha Rey, mestre em Psicologia para excepcionais, na Universidade de Genebra, diz o seguinte: ‘Existem quatro mundos: um mundo conhecido das superpotências ou desenvolvido, o mundo em desenvolvimento e o terceiro mundo, estes tradicionalmente conhecidos, mas há um quarto mundo que se descobriu agora, o mundo da miséria nos países ricos’.”
Por essas razões asseguramos que a via mais segura para um mundo melhor, longe da miséria econômica e moral é a caridade. "Enquanto o homem não consiga descer até seu irmão de infortúnio" - ensina Albert Einstein - "esse homem ainda não amadureceu". Precisamos aprender a repartir o que temos com os que nada têm, a partir daí entenderemos porque Jesus veio demonstrar que a verdadeira felicidade não é pessoal, mas sim resultado da felicidade dos outros que nos envolvem com as suas presenças ou não.
E é esta visão de amor apresentada por Jesus, a que atravessará a história, que vencerá os séculos, que chegará até nós como ponto de apoio para edificação de uma nova e perfeita humanidade.

Fonte: EVOC CONSOLADOR LIVRO LUZ NA MENTE AUTOR JORGE HESSEN 




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