domingo, 9 de março de 2014

" MANIFESTAÇÃO DO PADRE FERRAZ, CONFORME ALAMAR REGIS"

Manifestação do padre Osvaldo Ferraz

"Durante muito tempo da minha vida sacerdotal usei da tribuna da minha igreja para falar contra o espiritismo, vendo-o como ameaça para o povo da comunidade. Sempre o vinculei com feitiçaria, macumba, bruxaria, cartomancia, necromancia e até com matanças de animais e crianças, para que o sangue fosse usado em trabalhos de magia negra.
Certo dia, após a Santa Missa, logo ao sair do altar vi-me diante de cinco senhoras, conhecidas e dedicadas colaboradoras da paróquia, lideradas por dona Odília Tavares, quando foi travado um diálogo:

Dona Odília – “Padre Osvaldo. Nós vimos aqui conversar com o senhor, para lhe pedir um esclarecimento, sobre uma coisa muito séria”.
Padre – Que coisa séria é essa, dona Odília, com vocês me olhando desse jeito, que até me assustam? Deixem-me retirar os paramentos e vamos conversar, sim.
Tirei os paramentos e iniciamos a conversa.
Dona Odília – Padre, nós aprendemos que devemos conhecer a verdade, porque a verdade nos liberta, não é assim?
Padre – Assim nos ensinou o Senhor Jesus.
Dona Odília – O senhor há muito tempo vem falando muito mal do espiritismo aqui na igreja, mas tão mal, durante tanto tempo, que mesmo sem querer despertou a nossa curiosidade em olhar e ver como é que é. O senhor sempre disse que o espiritismo era macumba, feitiçaria, bruxaria e todas essas coisas ruins.
Estão aqui comadre Alice, Conceição, Lúcia Borba e Ditinha que querem fazer o mesmo questionamento ao senhor, porque elas me acompanharam na busca pela verdade.
Já que temos vizinhos e conhecidos que são espíritas e são pessoas honestas, amigas, decentes e que amam fazer a Caridade, ajudando aos mais pobres, há muito tempo eu achava que algo estranho estaria existindo entra o que o senhor nos dizia e o que poderia ser mesmo verdade, e tinha uma vontade enorme de ver um centro espírita de perto, só não tinha coragem.
Um dia peguei o meu terço, enrolei no braço, chamei minhas amigas aqui pra irmos a um centro espírita. Elas também criaram coragem e fomos.
Chegando lá, padre, não vimos nada do que o senhor disse que o espiritismo é.
Não vimos macumba nenhuma, não vimos ninguém jogar cartas, não vimos ninguém fazendo feitiço, não vimos necromancia, não vimos nada disso, padre Osvaldo.
Pelo contrário, vimos ser lido o evangelho de nosso senhor Jesus Cristo, na Parábola do Semeador, a mesma, exatamente a mesma que o senhor lê para nós, na Santa Missa.
Um senhor fez uma palestra tão bonita, que tocou os nossos corações, pois só falava no bem que devemos fazer aos outros, na necessidade de reformarmos as nossas consciências para vivermos conforme a moral do Cristo, padre.
Ao final apresentaram-nos todas as dependências do centro.
Não vimos qualquer sinal de sangue que pudesse sugerir as matanças de animais que o senhor tanto falou aqui, não vimos velas pretas e vela nenhuma, não vimos cachaça, não vimos nada que pudesse sugerir material de despachos.
Não vimos ninguém lendo mão de ninguém, só vimos amor, padre Osvaldo.

Conceição – É verdade, padre Osvaldo, o que dona Odília tá falando. A gente ficou sem entender nada, porque para nós o que o senhor diz é verdade, o senhor é um representante de Deus e jamais poderia passar pela nossa cabeça duvidar do senhor.
Começamos a achar que aquele centro espírita pudesse ser diferente e resolvemos ir ao Paz, Amor e Caridade, que fica lá na Lapinha, com os terços na mão, porque certamente poderíamos ver lá as macumbas e as feitiçarias que o senhor falava.

Todas as cinco falando juntas – Não vimos nada disso, padre Ricardo, em nenhum deles.

Senti-me profundamente constrangido, sem saber o que dizer àquelas mulheres que tinham visitado todos os centros espíritas da cidade e constatado que não havia macumba, despachos, feitiçarias, bruxarias e tudo o que eu dizia.
Elas foram veementes comigo, exigindo explicações e querendo saber como ficaria o conhecereis a verdade que liberta, diante de tal situação.
Pedi para elas que me dessem um tempo de uma semana, para continuarmos a conversar sobre isto, porque eu também queria checar aquilo que elas haviam me relatado.
Fui visitar os centros espíritas e visitei todos por onde elas passaram.
Eu também não vi macumba, feitiçaria e nada daquilo que nós católicos imaginamos que o espiritismo seja.
Resolvi comprar os livros espíritas que eles recomendavam e comecei a lê-los, desarmado e despido dos preconceitos.
Meu irmão querido: Eu seria desonesto para comigo mesmo e para com Nosso Senhor se, mesmo diante das evidências, continuasse falando o que falava na minha tribuna.
É fato que existem alguns pontos divergentes nas duas doutrinas. Eu, por exemplo,  não aceito a reencarnação, mas por isto e por esses pontos, que são tão irrelevantes na conduta moral do ser humano, não podemos considerar religiões antagônicas porque estamos afinados com o mesmo Cristo Jesus.
Tive vergonha de mim mesmo, chorei compulsivamente, rezei muito, pedi perdão a Nosso Senhor e criei coragem para enfrentar Dona Odília e as amigas na semana seguinte e pedir perdão a elas também.
Eu continuo padre e vou morrer padre, amando a Santa Madre Igreja Católica, mas jamais voltarei a comprometer os meus princípios morais e de fidelidade ao Cristo, sendo tão desonesto o quanto eu fui.
Dona Odília, Lucia Bastos, Ditinha, Conceição e dona Alice continuam católicas, embora visitem também o centro espírita e eu não me vi moralmente em condições de recomendar que não fossem ou proibi-las, porque eu também vou, tenho recebido convites dos irmãos espíritas até para falar, participar do programa de rádio deles, em verdadeiro congraçamento de amor e fraternidade.
Juntos, católicos e espíritas, estamos trabalhando na luta contra o aborto na nossa região e muito felizes com os resultados obtidos.
A experiência me fez entender melhor a razão de tanta evasão da igreja, evasão essa que certamente eu também tenha sido um dos responsáveis.
Dona Odília e suas amigas tiveram coragem de chegar a mim, ao término da santa missa, e abordar-me para tomar satisfações e esclarecermos os fatos. Quantas e quantas outras Odílias simplesmente abandonaram a igreja, saíram sem dar satisfações e foram para as igrejas evangélicas ou mesmo abandonaram a religião, pela decepção com um padre que nas suas cabeças nada mais era que um mentiroso?
Entendamos melhor o que nos ensina Jesus: “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo."



Fica aí, então, esta matéria para apreciação de todos. 
Abração.

                           Alamar Régis Carvalho
       Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA

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