Caminho Certo: Educação Familiar!
Outros Paços: Conteúdos apontados pelos
Cientistas da Área da Psicoterapia e
Da
Psicologia Familiar!!!
Dia desses, ouvi desabafo de uma amiga professora do ensino
público. Ela era acostumada ministrar suas aulas na sede do município de
Rosário Maranhão. E depois foi dar aulas em um Povoado próximo da sede do
município. Ao perceber o despreparo dos alunos somado ao desinteresse deles em
aprender os ensinamentos. A nova profissional, como estratégia, abandonou os
recursos pedagógicos e travou uma batalha na tentativa de que pudesse despertar
nos alunos, a capacidade de pensar na felicidade que, por certo ficaria mais
fácil, conquistar por meio do conhecimento.
Disse a professora para a turma, que havia detectado dois
problemas: 1º a falta de conhecimento
básico para que ela iniciasse aplicar o conteúdo proposto para alunos daquela
série. 2º era o desinteresse em aprender os ensinamentos. Explicou a
profissional que, daquela forma, como habitualmente procedem, chegariam ao fim
do curso com diplomas na mão e, sem o
conhecimento. E nós é quem Pagamos um preço bem alto! É o governo por não
garantir as condições necessárias e os
profissionais que não querem ou não sabem repassar os conteúdos utilizando-se
da didática. Como dizem os que desconhecem a realidade da sala de aula!
Que os alunos deveriam observar os fatores de seus insucessos
na vida. Nas dificuldades que seus pais levam
trabalhando na roça, na pescaria e, outras atividades não lucrativas. Tudo isso,
por falta de conhecimento adquirido por meio de bons estudos. Da forma como
estavam levando a vida, acabariam do mesmo jeito que seus pais ou em situações
bem piores.
Após alguns dias, no meio a uma aula, foi surpreendida pela
visita de um pai. Ele estava contrariado com a professora e, disse: que os conselhos dela estavam atrapalhando os
ensinamentos domésticos da família dele. Que ao convidar o filho para ajudar no
trabalho da roça, em um fim de semana. Havia sido surpreendido pelo filho. Ele
respondeu-me grosseiramente. E disse: não vou! A professora disse que quem
trabalha na roça, não ganha nada e não recebe nada pelos serviços prestados.
Quando, adoece uma pessoa na família, corre até a casa do político para pedir
favor. Despediu-se o pai, muito zangado e, perguntou, é isso que a escola está
ensinando?
Seu Reinaldo eu gosto de ouvir o Senhor. “Quero sua ajuda
para livrar-me deste pesadelo. Agindo dessa forma, eu feri a ética profissional”?
Respondi para a amiga, que eu já conhecia essa história. Em março de 1995,
deparei-me com problema semelhante e, para ajudar a outra amiga, escrevi um
texto intitulado: Produção Desenvolvimento e Cidadania veja que lição pode
tirar dos escritos a seguir:
O professor deve ensinar ao aluno a romper as barreiras que
impedem o homem a integrar-se no Processo Produtivo, dando – lhe subsídios
munindo-os de informações capazes de excitar o desenvolvimento intelectual.
A omissão ocorre quando não se diz ao aluno que o insucesso
de seu pai como lavrador, pescador e tecelão, se deve exclusivamente a falta do
saber. O saber transformado em conhecimento especifica e dinamiza a produção
com tecnologias inovadoras, capazes de promover uma larga e lucrativa produção
gerando desenvolvimento. A produção do saber neste casso é estruturadora de
desenvolvimento econômico e bem estar social.
A ausência do saber faz com que os poderosos manipulem e
dificultem a escolha de representantes comprometidos, sérios e capazes de lutar
pelo desenvolvimento de uma região ou de uma nação.
A discriminação de setores tão essencial ao progresso; como
as das profissões de alavanca e reestruturação da nação, fere aos princípios, e
a ética profissional. É prática tortuosa e marginalizadora, é um processo
alienador. Porque não dizer aos jovens da zona rural, que devem aprender para
conhecer seus direitos e exigir o cumprimento dos mesmos. Porque não dizer aos
jovens que devem aprender para dominar meios de inverter o quadro de atraso
tecnológico em que encontram-se
Porque não despertar nos jovens a auto-estima, fazendo-lhe
crer que o saber é o único instrumento que poderá fazer respeitado e estimado
por todos como cidadãos e, portanto, construtores de seus próprios destinos. Certos
falares e nestes casos em comento, as intenções são ótimas. Entretanto,
provocam desastres sociais. Outros
falares nocivos é dizerem que os jovens devem estudar e formarem-se para mandar
e não trabalhar! São estes falares que levam os inexperientes a lutarem somente
pelo diploma. Lamento! Porque as nossas ações foram e são induzidos pela nossa conduta/cultural. Uma
cultura de paz, só será possível com
mudanças de atitudes.
Reinaldo
Cantanhêde Lima, funcionário público estadual, Diretor do SINTSEP,
Autodidata, Educador Alternativo e Mobilizador Social Blog: www.reinaldocantanhede.blogspot.com Email: reinaldo.lima01@oi.com.br.
Apoio:
SINTSEP – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado
do Maranhão
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