terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"UMA HISTÓRIA FASCINANTE"!




UMA GALINHA EM DEFESA DO SEU FILHO VOOU E COM OS DOIS PÉS ARRANHOU A CARA DE UM JUMENTO ATÉ ELE TIRAR O PÉ DE CIMA DO PINTINHO RESCEMNASCIDO!

Morávamos em uma área que mede: 360 metros quadrados, no meio havia uma pequena casa de taipa coberta com palha babaçu e tinha o piso de barro batido. No terreno não havia nenhuma plantação. No Povoado Centro Grande município de Axixá-MA, os moradores a maioria absoluta cultivavam em seus sítios: laranjeiras, tanjeiras, limeiras limoeiros, jaqueiras, cacaueiros, abacateiros, andirobeiras, cafeeiros e pimenta do reino.

Por iniciativa da minha mãe, roçaram uma parte do matagal e, como era de costume, plantavam maniva e a pós a colheita da mandioca, plantavam as culturas já mencionadas. Quando a maniva já estava adulta um jumento invadiu o plantio e, lá havia uma galinha com os pintinhos recém-nascidos e o jumento parou entre eles e pisou um dos pintos. A galinha ao perceber o perigo voou e com os dois pés arranhou a cara do jumento. Com isso, ele parou e aliviou o pé do qual  o pinto estava preso. A galinha fez mais duas investidas e fez coró cocó bem alto e o jumento tirou o pé do pinto e seguiu o seu destino.

A galinha desesperada fez coró cocó bem alto como quem pedia socorro e reuniu todos os seus filhotes e botou debaixo das suas Asas. De imediato interrompeu o que estava fazendo – ciscava em busca de alimento e ensinando aos filhos lutarem pela própria  sobrevivência. Esse fato ocorreu quando eu tinha  12 anos de idade.

Agora já estou com 67 anos de idade e desde os anos 2004  tento sensibilizar a comunidade rosariense: as lideranças religiosas, sindicais, comunitárias e, em especial as mães de dependentes químicos e de portadores de transtornos mentais, agirem em defesa de seus próprios filhos, não consigo. Já organizamos vários seminários, tentamos coletar assinaturas, organizamos caminhadas e, de nada adiantou.

Entretanto, no período eleitoral próximo passado viu-se muitas mães de bandeiras nas mãos em caminhadas pelas ruas fazendo torcidas para elegerem filhos de outros ao cargo de vereador e de prefeito. Daí, o que pensar destas pessoas ao disporem-se aos sacrifícios em defesa de outrem enquanto isso, se auto abandonam? Perplexo, angustiado, me faço estas perguntas e comparações a seguir: quem está evoluindo ou involuindo? Os animais ou os humanos? A nossa omissão nos expõem aos balaços, as facadas, os assaltos e violências de toda ordem. E, sequer somos capazes de lutar por políticas que possam minorar os efeitos nocivos!

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