segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O papel da moral cristã na reconstrução do mundo


Estamos iniciando um novo ano e, como sempre acontece, existe uma expectativa muito grande de que ele seja melhor do que os anteriores. Saúde, harmonia, paz social, fim da corrupção, extinção dos preconceitos, solução para o problema da violência e da criminalidade, encerramento dos conflitos bélicos, eis algumas aspirações com que todos sonhamos. 
 
A pergunta que então se faz é se a moral evangélica poderá, de algum modo, contribuir para que esses propósitos sejam alcançados.

O tema foi focalizado nesta revista em pelo menos duas oportunidades: no Especial da edição 36 - http://www.oconsolador.com.br/36/especial.html - e no editorial da edição 136 - http://www.oconsolador.com.br.

A moral evangélica, como os espíritas não ignoram, recebeu com a Doutrina Espírita não apenas a sanção, mas a certeza de sua expansão em todo o mundo para a concretização de uma conhecida profecia proferida por Jesus no chamado sermão profético: "Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; e porque abundará a iniquidade, a caridade de muitos esfriará; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este Evangelho do reino será pregado em toda a Terra, para servir de testemunho a todas as nações”. (Mateus, 24:11 a 14.)

Focalizando diretamente a contribuição do Espiritismo para a disseminação e uma melhor compreensão dos ensinos evangélicos, Kardec escreveu: "Graças às comunicações estabelecidas doravante e permanentemente entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todos os povos pelos próprios Espíritos, não será letra morta, porque cada um a compreenderá e será insistentemente solicitado a pô-la em prática, mediante o conselho dos seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são realmente as vozes do Céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho". (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item I.)

A reconstrução do mundo é, no entanto, tarefa para várias gerações, porque a caridade e a fraternidade são sentimentos que têm de nascer e frutificar no coração das pessoas. Eles não surgem por decreto nem por imposição, como Kardec lembrou em palestra registrada no livro “Viagem Espírita de 1862”, pág. 83: “A fraternidade, assim como a caridade, não se impõe nem se decreta, é algo que existe no coração e não será um sistema que a fará nascer, se ela aí já não se encontra alojada. (...) Antes de fazer a coisa para os homens, é preciso formar os homens para a coisa, como se formam obreiros, antes de se lhes confiar um trabalho". E o caminho para isso, no entendimento espírita, encontra-se na aplicação da parte moral dos ensinamentos do Cristo, "por ser a única que pode tornar melhores os homens". "Quando marcharem sob essa bandeira, os homens se darão as mãos fraternalmente, em vez de se anatematizarem e amaldiçoarem, por questões que quase nunca compreendem". (Obras Póstumas, pág. 140.) 
 
Alguém certamente perguntará: Por que tanta ênfase ao ensino moral de Jesus? A resposta é simples: é que ele, o ensino moral, constitui uma força viva cujo poder moralizador não somos capazes de avaliar, como o Codificador do Espiritismo enfatizou muito bem no texto que abaixo transcrevemos:

"Diante desse código divino inclinam-se os próprios incrédulos. É esse um terreno onde todos os cultos podem-se congregar, a bandeira sob a qual todos se poderão abrigar, quaisquer que sejam os seus credos, porquanto ele nunca foi objeto de contendas religiosas, sempre e em toda a parte suscitadas por questões dogmáticas. 
 
“Para os homens, especialmente, o ensino moral de Jesus constitui uma regra de conduta que abrange todas as circunstâncias da vida pública ou privada, os preceitos de todas as relações sociais baseadas na mais rigorosa justiça; e é, enfim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade porvindoura..." (O Evangelho segundo o Espiritismo", Introdução, item 1.)

Fonmte:
O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita


 




 

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