quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Amamentação: uma dupla que ganha em dobro

Rebeca Batista da Silva
Rebeca Batista da Silva *
Sabe-se que é de extrema importância para o bebê, acabado de chegar ao mundo, a amamentação e o interesse da mãe por alimentar seu filho. Durante a mamada, níveis altos do hormônio ocitocina são liberados fazendo com que a mãe se sinta mais disposta, mais receptiva, amorosa e com vontade de estabelecer um vínculo eterno de amor com o seu pequeno.

Ambos possuem necessidades, as quais fazem com que se procurem mutuamente. O bebê anseia pelo leite, mas também pelo amor, carinho, calor, e contato com sua mãe. Já a mãe, necessita esvaziar os seios cheios de leite que ficam doloridos fazendo com que procure pelo filho e sinta cada vez mais prazer em saciar sua fome.

A amamentação é o momento em que a dupla mãe-filho está mais unida física e emocionalmente. A mãe, durante a amamentação, tem a capacidade de receber para ela todas as angústias do recém-nascido dissolvendo-as e devolvendo em forma de amor, afeto, carinho. Daí se dá, muitas vezes, a mãe conseguir acalmar e fazer o bebê parar de chorar enquanto outras pessoas não conseguem.

Estudos mostram que bebês que foram amamentados no seio materno, até pelo menos seis meses de vida, tem um desenvolvimento cognitivo e psicológico melhor dos que usaram a mamadeira. O amor e o vínculo mãe-filho não são recíprocos por natureza, mas adquirido aos poucos; e quanto mais rápido for estabelecido este vínculo, maior ele será, sendo a amamentação uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento desse elo de amor.

É na hora que está mamando que o bebê fixa os olhos nos olhos da mãe, sente seu cheiro, calor, revivendo muitas das experiências que tinha no útero materno. O bebê depende totalmente de sua mãe para tudo, ainda não sabe se alimentar sozinho ou fazer passar a dor, e com toda essa troca de amor, a mãe se sente cada vez mais preparada e com vontade de enfrentar qualquer coisa pelo seu filho, fazendo com que sua autoconfiança e satisfação emocional aumentem, assim como também sua capacidade de dar afeto ao bebê.

Rebeca Batista da Silva é enfermeira intensivista (Coren-SP 171720), graduada em enfermagem pela Universidade de Pernambuco-UPE e pós-graduada (Especialista) em UTI neonatal e pediátrica.
Publicado no Portal da Família em 05/11/2011
mãe amamentando o bebê
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