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São Paulo, SP (Brasil)
“Cada Espírito possui o
roteiro que lhe é
próprio”. -
Emmanuel ¹
Diz Emmanuel para não procurarmos orientação com os outros sobre assuntos claramente solucionáveis por nosso esforço, e isso permite, a nosso ver, uma reflexão sobre a presença da ajuda nas nossas vidas, seja ela de encarnados ou desencarnados.
Esperamos sempre –
ansiosamente – o auxílio
do plano espiritual, não
importando, por ora, o
nome pelo qual ele seja
designado frente às
diferentes crenças que
cada um possui.
Espera-se ser ajudado
pelas forças invisíveis,
desde a colocação
profissional no mercado
de trabalho até os
problemas afetivos,
passando assim por uma
gama infinita de pedidos
prosaicos, uns justos,
outros não; desde a
solicitação de coragem
para enfrentar uma
doença grave, como para
ajudar a arrumar um
marido ou namorada, ou
conseguir comprar o
carro do ano.
O problema está, na
verdade, no foco que
existe para as
necessidades que se cria
das coisas materiais: a
casa bem maior, mesmo
que já se possua uma
adequada às necessidades
pessoais; um segundo
carro, apesar de já se
ter outro; o sucesso sem
merecimento, porque se
inveja a vida “de
glamour” de pessoas de
destaque, nas mais
diversas áreas de
atividade humana, sem
que se tenha, mais das
vezes, os requisitos
essenciais para tal
façanha; a aprovação em
testes ou provas finais
na escola, quando não se
preparou adequadamente
para elas, durante todo
o curso.
Evidentemente, os amigos
espirituais, autorizados
pelas Esferas
Superiores, estão
prontos a auxiliar o
homem, tal como
perguntou Jesus aos
discípulos, quando
vieram avisá-Lo que a
multidão estava faminta³:
“Quantos pães tendes?”
E disseram-Lhe: - “Sete”.
Essa passagem
exemplifica a condição “sine
qua non” de
atendimento às
necessidades humanas: O
que cada um de nós tem
para oferecer ao Mestre,
a fim de ser
centuplicado em favor do
pedinte?
Em Atos, Capítulo 12,
versículo 10,
encontramos um relato,
referindo-se à prisão de
Pedro, a mando de
Herodes Agripa, que
mostra muito bem a ajuda
que se pode receber e em
quais limites acontece,
uma vez que ela não pode
interferir nas nossas
escolhas. No cárcere,
Pedro vê o Anjo do
Senhor abrir-lhe as
pesadas algemas e
descerrar as portas que
o libertariam da prisão.
O pescador de Cafarnaum
percebe o anjo
caminhando junto dele,
ultrapassando, com ele,
os primeiros perigos da
prisão até a um lugar
seguro na rua, para
depois vê-lo afastar-se,
deixando-o entregue à
própria liberdade de
forma a não
desmerecer-lhe as
iniciativas.
A contribuição recebida
por Pedro é lição para
todos nós. No momento
oportuno o auxílio do
invisível nos alcança a
todos, nas suas mais
diferentes formas de
expressão: Aqui, é o
ombro amigo que nos
sustenta o pranto; ali,
é a ajuda financeira que
surge de onde menos se
espera; mais adiante, é
a melhora da saúde com a
medicação correta;
acolá, é a mensagem
confortadora que acalma
e permite que se possa
enxergar a dificuldade
sob outro prisma. São
tantas as formas e tão
variadas, que somente o
coração disponível ao
entendimento no Bem e a
mente voltada para
esferas mais elevadas
podem percebê-las.
Todavia, é
imprescindível não se
viciar nessa cooperação.
Necessário se faz o
aprender a caminhar
sozinho, usando a
independência inerente
da nossa condição de ser
espiritual – criados por
Deus – e a vontade real
de se ser justo e útil.
Estamos no mundo para
aprender – e é isso que
somos: eternos
aprendizes das Leis
divinas –, e não é
possível esquecer-se de
que não podemos esperar
que nossos instrutores,
encarnados ou
desencarnados, resolvam
os problemas que
competem a nós, como
alunos, solucionar. É
como pedir ao mestre que
faça as provas, que nos
aprovarão na série, por
nós.
Todos esses são exemplos
típicos de quem busca o
auxílio da
Espiritualidade.
“O Evangelho segundo
o Espiritismo”, no
capítulo 17, item 7, e
no capítulo 25, itens 3
e 4, bem como “O
Livro dos Médiuns”,
questão 291 e seguintes,
e ainda o livro “Sinal
Verde”, lição 17, de
autoria do Espírito
André Luiz, com
psicografia de Francisco
Cândido Xavier,
apresentam algumas das
fontes de onde poderemos
tirar outros exemplos.
A literatura espírita
séria pode fornecer
elementos importantes
para meditações sobre o
tema. Há séculos o
remédio para os velhos
enigmas das relações
humanas entre os dois
planos da existência
está indicado nos
ensinos de Jesus. Basta
para tanto aos espíritas
de boa vontade e aos
neófitos da Doutrina
consoladora, que nos
sustenta a caminhada,
buscar nas obras da
Codificação e na
literatura espírita que
dá sustentação à
grandiosa obra de Kardec
os recursos para
reflexão, entendimento e
consequente prática dos
ensinamentos
evangélicos.
Não nos iludamos: Sem o
estudo e a prática dos
princípios doutrinários,
dos postulados
espíritas, não há
caminhos seguros na
evolução moral.
Bibliografia:
1 – EMMANUEL (Espírito)
– Fonte Viva –
[psicografado por]
F.C.Xavier – Federação
Espírita Brasileira, 31ª
ed., Rio de janeiro/RJ –
2005 – Lição 138.
2 – EMMANUEL (Espírito)
– Caminho Verdade e
Vida – [psicografado
por] F.C.Xavier –
Federação Espírita
Brasileira, 17ª ed., Rio
de Janeiro/RJ, 1997 –
Lição 100
3 – Marcos, 8:5.
Fonte: Retirado em inteiro teor de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita
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