A cidade de Rosário está situada à margem esquerda do Rio Itapecuru é o portal dos lençõis maranheses, fica em um raio de 70 quilômetros da capital do Estado do Maranhão, está a 06 quilômetros da sede da Refinaria Premium da Petrobrás, no município de Bacabeira é uma cidade Pólo Regional Administrativo.
O Rio Itapecuru é genuinamente maranhense e de grande importância econômica no desenvolvimento do Estado em épocas passada.
Não é por acaso é por uma causa, que eu estou
organizando passados e escrevendo, se eu estivesse ainda na luta dos conselhos municipais,
talvez, não tivesse buscando esta forma
de expressar-me. Mas, com certeza todos que escrevem têm os
mesmos objetivos. Os assuntos é que são diferentes cada indivíduo tem o seu
sonho. Quando era criança certo dia fiz
uma promessa para São José era o padroeiro do Povoado Centro Grande - Axixá,
pudesse ajudar-me a compreender os ensinamentos
da música com rapidez.
Ao correr a notícia que a
orquestra de Rosário ia tocar nos festejos de
Centro Grande, ficava com ansiedade, queria que chegasse o momento para
ouvir a harmonia instrumental. Cada golpe musical produzido pelos instrumentos
confortava-me a alma. Por causa da
sedução pela música apaixonei - me pela
cidade de Rosário e nela eu queria morar para aprender a bela
arte. Porém, preocupava-me porque queria
tocar em instrumento de sopro e, novo. Como ia conseguir comprar um
instrumento? As atividades econômicas da região eram o trabalho nas roças no
toco, agricultura de subsistência, extração vegetal, babaçu, andiroba e
pescaria artesanal.
Meu pai tinha muitos filhos para
sustentar, somos oito irmãos, certo dia
revelei esse desejo a uma tia que já havia morado em Rosário, contou-me que
naquela cidade, os donos das orquestras ensinavam sem cobrar e quando os
alunos encontravam-se munidos dos
conhecimentos musicais, entregavam os instrumentos. O pagamento era por meio de comissões em oportunidades de
os alunos ou músicos, realizarem as tocatas.
Perguntei a tia se os
instrumentos eram novos. A mesma,
respondeu-me que sim, nessa tarde já comecei a tentar produzir os sons dos instrumentos em tona de juçareira, ela permitia-me produzir e imitar dois instrumentos:
o saxofone e o trombone
Em Centro Grande conheci três pessoas que
aprenderam a música e tocavam razoável – Sandoval, Júlio e Vitorino. Depois o meu tio João Preá comprou um
trombone usado e nele aprendi tocar a
escala: Dó, ré, mi, fá, sol, lá si, toda tarde ia para a casa do meu tio,
treinar.
Naquela época, já conhecia a
cidade de Rosário, a primeira vez que a conheci tinha mais ou menos três anos,
depois vim juntamente com a minha mãe em período invernoso, dessa feita pelo
caminho de dentro, passando por Mutuns, Providência e Nambuaçu de Baixo.
As outras vezes que vim a cidade
dos sonhos já foi por uma estrada
carroçável construída em 1950, por presos de justiça também chamados de
cassacos, quando a penitenciária ainda
era em Alcântara. O chefe dos presos era o Major Vitorino. A estrada da qual
refiro-me é a mesma que foi reconstruída pela construtora “Norte”, (1965/1968)
e asfaltada no ano 2000, MA - 110 Rosário A Barreirinhas.
Não fosse Rosário a cidade dos meus sonhos,
talvez, não tivesse empreendido tantas lutas sociais, amargado tantas
derrotas e continuando sonhando por entender
ser nobre as causas por nós
defendidas! Campanhas encabeçadas por Reinaldo Lima a primeira foi a
luta em Defesa da Música Artesanal,
segunda foi lutar pela construção de
um Hospital Regional, agora
estamos lutando pela implantação da Rede de Atenção Psicossocial.
Amigos, conterrâneos e parentes, muitos já moram distantes, fugiram da miséria provinciana, encontram-se em cidades grandes e violentas: Rio de janeiro, São Paulo, Brasília, Manaus, Pernambuco, Belém e tantas outras cidades menores. Muitos lembram quando eu tocava o Saxofone Tenor, nos bailes e outras atividades religiosas e nos festivais juninos toquei trmbone de pistões em dò e, os carnavais? Cantareira e Clube de mães? Restou as saudades de épocas que não voltam mais!
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