quarta-feira, 14 de novembro de 2012

NÃO FOI POR ACASO FOI POR UMA CAUSA, UM SONHO!

Nesta Praça havia um Coreto onde a orquestra tocava os dobrados, boleros, maxixes e os  sambas, antes e depois das ladainhas, dos festejos de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário!
A cidade de Rosário está situada à margem esquerda do Rio Itapecuru é o portal dos lençõis maranheses, fica em um raio de 70 quilômetros da capital do Estado do Maranhão, está a 06 quilômetros da sede da Refinaria Premium da Petrobrás, no município de Bacabeira é uma cidade Pólo Regional Administrativo.
O Rio Itapecuru é genuinamente maranhense e de grande importância econômica  no desenvolvimento do Estado em épocas passada.

 Não é por acaso é por uma causa, que eu estou organizando passados e escrevendo, se eu estivesse ainda na luta dos conselhos municipais, talvez, não tivesse  buscando esta forma de expressar-me. Mas, com certeza todos que escrevem  têm  os mesmos objetivos. Os assuntos é que são diferentes cada indivíduo tem o seu sonho.  Quando era criança certo dia fiz uma promessa para São José era o padroeiro do Povoado Centro Grande - Axixá, pudesse ajudar-me a compreender os ensinamentos  da música com rapidez.



Ao correr a notícia que a orquestra de Rosário ia tocar nos festejos de  Centro Grande, ficava com ansiedade, queria que chegasse o momento para ouvir a harmonia instrumental. Cada golpe musical produzido pelos instrumentos confortava-me a alma.  Por causa da sedução pela música apaixonei - me pela  cidade  de Rosário e nela  eu queria morar para aprender a bela arte.  Porém, preocupava-me porque queria tocar em instrumento  de sopro  e, novo. Como ia conseguir comprar um instrumento? As atividades econômicas da região eram o trabalho nas roças no toco, agricultura de subsistência, extração vegetal, babaçu, andiroba e pescaria artesanal.

Meu pai tinha muitos filhos para sustentar, somos oito  irmãos, certo dia revelei esse desejo a uma tia que já havia morado em Rosário,  contou-me que  naquela cidade, os donos das orquestras ensinavam sem cobrar e quando os alunos  encontravam-se munidos dos conhecimentos musicais, entregavam os instrumentos. O pagamento  era por meio de comissões em oportunidades de os alunos  ou músicos,  realizarem as tocatas.
Perguntei a tia se os instrumentos eram novos. A mesma,  respondeu-me que sim, nessa tarde já comecei a tentar produzir os sons  dos instrumentos em tona de juçareira,  ela permitia-me produzir e imitar dois instrumentos: o saxofone e o trombone

Em  Centro Grande conheci três pessoas que aprenderam a música e tocavam razoável – Sandoval, Júlio e Vitorino.  Depois o meu tio João Preá comprou um trombone  usado e nele aprendi tocar a escala: Dó, ré, mi, fá, sol, lá si, toda tarde ia para a casa do meu tio, treinar.

Naquela época, já conhecia a cidade de Rosário, a primeira vez que a conheci tinha mais ou menos três anos, depois vim juntamente com a minha mãe em período invernoso, dessa feita pelo caminho de dentro, passando por Mutuns, Providência e Nambuaçu de Baixo.

As outras vezes que vim a cidade dos sonhos já foi por  uma estrada carroçável construída em 1950, por presos de justiça também chamados de cassacos,  quando a penitenciária ainda era em Alcântara. O chefe dos presos era o Major Vitorino. A estrada da qual refiro-me é a mesma que foi reconstruída pela construtora “Norte”, (1965/1968) e asfaltada no ano 2000, MA - 110 Rosário A Barreirinhas.

Não fosse  Rosário a cidade dos meus  sonhos,  talvez,  não tivesse empreendido  tantas lutas sociais, amargado tantas derrotas e continuando sonhando por entender  ser nobre as causas por nós  defendidas!  Campanhas  encabeçadas por Reinaldo Lima a primeira foi a luta em Defesa da Música Artesanal,  segunda foi lutar pela construção de  um  Hospital Regional, agora estamos lutando pela implantação da Rede de Atenção Psicossocial.
Amigos, conterrâneos e parentes, muitos já moram distantes, fugiram da miséria provinciana, encontram-se em cidades grandes e violentas: Rio de janeiro, São Paulo, Brasília, Manaus, Pernambuco, Belém e tantas outras cidades menores.  Muitos lembram quando eu tocava o Saxofone Tenor, nos bailes e outras atividades religiosas e nos festivais juninos toquei trmbone de pistões em dò e, os carnavais? Cantareira e Clube de mães? Restou as saudades de épocas que não voltam mais!


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